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POKEMON NEW ADVENTURES
2 participantes
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POKEMON NEW ADVENTURES
criador:jhoto
titulo:pokemon new adventures
personagens
nome:ethan neils
idade:12
pokemons:,cindaquil,hoothoot e egg misterioso
nome:lyra elm
idade:12
pokemons:chikorita e sentret
rival
nome:joão
idade:11
pokemons:totodile
ep 1 Um começu uma escolha
Era extraordinário, tamanho poder exalava destruição pela pequena cidade, a população gritava, mas não mais alto do que os rugidos dos trovões daquela tempestade. Os guardiões se confrontavam com fúria, e as torres se abalavam ao impacto de cada golpe, a batalha se estendia, e nada podia ser feito...Nada podia parar aqueles dois, o bater de suas asas fazia com que a terra dançasse ao sons dos relâmpagos...Era o fim, mas uma das torres caiu.
— Ahhhh!
O garoto despertou ofegante, seus olhos estavam e choque e seu semblante mudou depois de dele afagar o próprio rosto, agora demonstrado sonolência e preguiça. Ele fitou todo o quarto, era pequeno, mais confortável.
Tinha paredes lisas e brancas, manchadas com alguns pôsteres. A escrivaninha estava uma bagunça, cartas e revistas cobriam o balcão de madeira. O vento soprava forte e as cortinas bailavam com o mesmo. Ethan era seu nome. Ele permanecia na cama, perdido em devaneios sobre aquele sonho, que ele preferia chamar de pesadelo. Ele tinha cabelos semelhantes à cor do céus escuros da noite, lisos e bagunçados, um topete se desprendia dos demais fios, dando-o um aspecto peculiar. Seus olhos agora já não estavam sonolentos, estavam alertas, num tom de azul semelhante ao de seus cabelos. A pela era alva, e pouco marcada.
O garoto levantou rápido, desfez-se do pijama amarelo, e correu para o banheiro. Num vulto tomou banho e escovou os dentes. O garoto observou o relógio na parede, parecia um Pokémon, mas era um relógio...”Oito Horas!” — ele disse contente, ele se apressou, vestiu uma fina camiseta preta e uma bermuda de mesma cor, que cobriam até seus joelhos. Tirou as pantufas que aqueciam os pés, e rapidamente calçou sapatos desgastados e sujos, a cor era difícil de descrever, talvez marrom, ou talvez fosse só a sujeira. O cabelo continuou bagunçado, o penteado era estranho, era como espinhos de Cacnea, abaixando e subindo, o garoto não ligou. Desceu as escadas o mais rápido possível, mas voltou a perceber que esquecera algo. Ele abriu uma das gavetas e pegou rapidamente um aparelho púrpuro semelhante a um celular fundido com um relógio, mas era mais que isso. Era um pokégear, ele o ajeitou no pulso e deu uma breve polida com a parte inferior da camisa, antes de descer mais uma vez a escada, observou um dos pôsteres na parede, tinha cores fortes e vários pokémons, mas o que chamava a atenção era o letreiro em cores mais fortes do que todas as outras, escrito: “Liga Johto: Venha ser o melhor!”. Os olhos do garoto se iluminaram, por um minuto pareceu perdido em pensamentos, talvez sobre as aventuras que iria ter e tudo mais. Num piscar de olhos correu sobre os degraus de mármore, rumo à sala da bela casa.
Era pequena, mas tinha decoração de dar inveja, sofás de camurça vinho, uma mesa de cristal, e belos tapetes decorando o chão revestido de madeira. As paredes tinham cores calmas e aconchegantes, fotos diversas adornavam as mesmas, ao lado de belos quadros e lindas janelas de vidro transparente. O garoto desceu eufórico a procura de alguém, correu mais uma vez até a cozinha e avistou uma bela mulher, magra e com feição gentil. Tinha cabelos longos, ondulados e negros, vestia um simples vestido creme coberto por um avental bege, era a mãe de Ethan.
— Acordou cedo — Ela disse, abrindo os braços a espera de um abraço. O garoto sorriu e abraçou a mãe, um abraço apressado, ele correu no armário branco depositado no canto e procurou uns salgadinhos, a mãe reprovou o gesto e foi até a sala enquanto garoto selecionava algumas besteiras para comer.
Embora a mulher tentasse disfarçar, seus olhos estavam umedecidos escondendo uma tristeza enorme, na sala ela sentou no sofá, ao lado de uma mesinha onde havia um pequeno porta-retrato. Na foto havia três pessoas, o pequeno Ethan, bem menor com feição infantil e um rosto mais arredondado, estava no meio, e ao seu lado a sua mãe, com expressão mais jovem e uma roupa mais elegante, e na direita um homem, ele vestia um tipo de uniforme, algo como roupas de pesquisadores ou arqueólogos, ele tinham cabelos iguais ao do filho, porém bem penteados, e olhos calmos e sutis. A senhora Alice, como se chamava a mãe de Ethan enxugou algumas lágrimas e se dirigiu a outra mesa, onde estava uma mochila prateada de uma alça só. Ela a pegou e se dirigiu a cozinha. Ethan estava com as mãos cheias de salgadinhos, macarrão instantâneo e doces.
— Nada disso mocinho, na sua mochila tem comida suficiente até Violet, e comida de verdade! — Ela disse tomando todas as guloseimas da mão do garoto.
— Heey! — reclamou ele tentando recuperar alguns — E o que é isso? Comida de mentira?
— É melhor deixar as piadas pra outra ocasião, se não ir logo ficará sem Pokémon! — Ela ameaçou rindo e entregando a mochila ao filho.
Ethan arregalou os olhos e deixou todos os lanches correndo até a porta, a mãe gritou por seu nome, o garoto parou inquieto. “Aonde vai sem o casaco e com o cabelo bagunçado assim?” — Ela perguntou, mas no fim ela sabia da resposta.
—Todos os casacos estão velhos, e você sabe! Eu odeio pentear o cabelo! — Ele disse tentando esconder o penteado com as mãos.
— Só um minuto! — Disse a mãe correndo até o final do corredor da casa. O garoto estava eufórico e impaciente, típico...A mulher voltou, agora com algumas vestes nas mãos — Aqui está! — Disse ela alegre.
Ela deu algumas voltas no garoto e vestiu nele um belo casaco rubro, com alguns detalhes negros e brancos, era muito bonito, confortável e aconchegante. Ela deu uma breve olhada sobre seu cabelo, o garoto desviou o olhar e ela riu. Por último ela colocou sobre aquele penteado estranho um boné preto, com uma listra dourada sobre a mediana. Cobriu todo o cabelo desarranjado, menos o topete que pendia sobre seu rosto, caiu bem para o garoto.
— Obrigado mãe! — Ele disse.
— Boa sorte querido! — Disse ela beijando a testa do garoto.
Depois daquilo, tudo passou muito rápido, ele passou pela porta com um Pachirisu passa por janelas quando pretendem roubar comida. Ele corria rápido pelas ruas estreitas de New Bark. O Sol ainda estava morno, e queimava fraco, o céu estava lindo, sem nenhuma nuvem, as vezes Pidgeys passavam em bandos, piando com alegria .
Como sabem, New Bark é o berço das aventuras de muitos treinadores, e para Ethan não seria diferente. Ele estava esperançoso, alegre, diversas emoções sobre aquela mente jovem de apenas treze anos. As esperanças desapareceram e o garoto freou rápido ao ver que guardas impediam a passagem que levava ao laboratório do professor Elm. “ O que está acontecendo?” — pensou ele. Mas as suas dúvidas logo seriam esclarecidas.
— Calma Ethan, está tudo bem... — Falou uma garota atrás do jovem garoto.
Ele riu ao avistar a garota que não era qualquer uma, era Lyra, sua melhor amiga. A garota se aproximou. Tinha a mesma altura de Ethan, talvez alguns centímetros a mais. Seus brilhantes cabelos castanhos estavam adornados por uma enorme boina branca, com um uma fita vermelha. Tinha orbes castanhos, ativos e curiosos que davam contraste a sua bela pele clara, vestia um moletom da mesma cor da fita em sua boina, e um macacão jeans com grandes botões que não passava dos joelhos. Tinha uma bolsa bege sobre os braços, onde estava pendurado seu pokégear, este rosa, diferente do de Ethan. Suas pernas estavam cobertas por um longo meião branco, e sobre seus pés uma sapatilha escarlate, simples, mas sofisticada.
— Lyra! — O garoto se aproximou da amiga, e parecia feliz por vê-la — Por que não me ligou? Disse que ia me ligar!
— Sinto muito, tive que mandar meu pokégear para o reparo, e perdi todos os números registrados — Explicou a garota, sua voz era fina e delicada, soava como música clássica.
— Tudo bem — O garoto deu de ombros — Mas afinal, o que está acontecendo?
— É tudo muito estranho, eu também não sei de muita coisa, mas parece que o laboratório do professor Elm foi roubado!
— Roubado? Como assim? — Indagava Ethan surpreso.
— Não se sabe muito, mas a única coisa que foi levada foi uma pokébola, e dentro dela, um dos pokémons iniciais! — Disse Lyra triste.
— Essa não! — Gritou o garoto desesperado— Levaram um Pokémon que podia ser meu! Isso não pode ficar assim!
O garoto esbarrou num dos guardas, que por ser magro e baixinho foi derrubado, Ethan passou correndo, enquanto o outro guarda tentou impedi-lo, mas era tudo em vão, o garoto já estava longe. Lyra cruzou os braços chateada enquanto o observava se afastando.
— Cabeça dura como sempre! — Murmurou ela — Podia pelo menos ter me esperado!
Ethan atravessou todas as casas de New Bark, até avistar o grande laboratório. Era uma construção bem feita, portas de vidro e detalhes arquitetônicos fantásticos. Sobre o teto estava esculpida uma pokébola, e uma placa indicava o seguinte nome: “Elm’s Lab”.
O local estava estranho, rodeado de pessoas e cercado de guardas, inclusive duas oficiais Jennys, que ao lado de Growlithes investigavam o local. Ethan estava encabulado com tudo aquilo e resolveu se aproximar. Sei que é cedo para dizer, mas...Ethan tem um talento sem precedentes para arrumar encrenca, e aquele era o momento certo. O garoto atravessou a multidão sorrateiramente, rodeou a construção e escalou uma das janelas, num vulto já estava lá dentro. Ele avistou o professor conversando com um velho bigodudo uniformizado, com certeza era o capitão do batalhão de investigação.
— Professor! — Gritou o garoto chamando a atenção de todos.
O professor, era bem jovem, tinha cabelos claros e castanhos, e usava uma camisa social azul claro, coberta por um jaleco branco. Tinha um ar desajeitado e olhos pequenos que se escondiam atrás de grandes óculos. Ele fitou Ethan e não ficou surpreso. O professor conhecia o garoto de outras ocasiões e o recebeu educadamente.
Era um local aconchegante, e o calor não conseguia entrar pelas portas vedadas, e devido a um grande ar condicionado no canto da parede. As paredes tinham cores neutras e gélidas, branco e azul. Várias estantes preenchiam os espaços, algumas com centenas de pokébolas, outras com livros. Haviam algumas mesas, preenchidas com computadores, onde estavam a beira alguns assistentes que se mostravam aplicados. No fim do grande salão jazia uma mesa redonda, de metal polido. Lá havia um suporte especial, no qual estavam depositadas as três pokébolas das iniciais, porém naquele momento só haviam duas.
O professor explicou o garoto o que tinha acontecido, “ Foi de madrugada, não tinha ninguém no laboratório, uma das janelas foi arrombada. Tudo estava arrumado para conceder os pokémons iniciais aos treinadores novatos, mas eis que tudo aconteceu...Quando cheguei aqui cedo, percebi a ausência de um dos pokémons. Isso é uma tragédia!” — Disse o professor entristecido.
— Vamos achar o criminoso Elm, não se preocupe — Falou o capitão, ele anotou algumas coisas num bloquinho e guardou no bolso — Nosso trabalho acabou por aqui, continuaremos investigando, e a qualquer momento daremos noticias, agora só resta entregar os pokémons que sobraram. Tenha calma Elm, tudo será resolvido.
— Antes de partir o capitão deixou um telefone, cumprimentou Elm e afagou a cabeça de Ethan. Em alguns minutos a multidão se desfez e a policia havia ido embora.
O professor se sentou na cadeira entristecido, Ethan tentou consolá-lo, mas Elm estava muito decepcionado. A porta de vidro se abriu num baque, e Lyra entrou de porta adentro.
— Tio Elm! — Gritou a menina.
Todos ali se conheciam. Ethan era conhecido, por que seu pai era parceiro de trabalho de Elm, embora agora ele investigasse as ruínas Alpha e os misteriosos Pokémon Unows. E Lyra era sobrinha do mesmo, sua mãe que morava em Hoeen, era irmã do famoso professor. Eles conversaram por instantes e o professor se animou um pouco.
— Qual deles foi roubado? — Perguntou Lyra, fitando a mesa onde só havia duas pokébolas.
— Não sei — Respondeu o professor, não tive coragem de olhar.
— Então quer dizer que não sabe!? — Perguntou Ethan perplexo.
O professor Elm se levantou e foi até a mesa onde estavam as duas pokébolas. Ele fitou as pokébolas com cautela e observou os jovens a sua frente. Lyra e Ethan se levantaram e se dirigiram até o professor.
— Talvez um de vocês não pegue o Pokémon que queria já que um deles foi roubado — Disse o professor.
— Não importa Tio — Riu Lyra — Não importa o Pokémon que seja, tenho certeza que será um ótimo Pokémon! Não é Ethan?
O garoto não respondeu, fez uma cara estranha, como se quisesse dizer “nada disso! Quero o Pokémon certo e pronto!”. Lyra deu uma leve cotovelada no amigo, que fez com que ele falasse.
— É claro! — Mentiu o garoto.
— Então chega de conversa, podem pegar as pokébolas, se preferirem, podem trocar os pokémons entre si — Explicou o professor.
— Certo! — Disseram os jovens juntos.
As mãos dos garotos começaram a se mover, eles se moviam vagarosamente rumo as pokébolas em cima daquela mesa, as pokébolas estavam prestes a serem tocadas quando alguém atravessando a porta interrompeu o momento.
Era um senhor, cabelos grisalhos e uma face marcada pelo tempo, vestia uma bela camisa vermelha, cetim ou seda. E usava um longo jaleco branco. Qualquer um conheceria aquele homem, era famoso desde Kanto até Sinnoh, até mesmo pelo “continente novo”, como era conhecido Unova. Era o professor Oak, perito em pokémons. Elm se animou ao ver o amigo de pesquisas, eles fizeram aqueles comprimentos estranhos de velhos amigos, se abraçaram e riram. Ethan e Lyra observavam aquele momento fraterno de dar inveja.
— Assim que soube o que aconteceu aqui, deixei meu programa em Goldenrod para vir visitá-lo — Falou o velho Oak com uma voz seca e cansada— Sinto muito...
— Obrigado Oak, eu estive bastante preocupado, afinal não sei que tipo de treinador esse pobre Pokémon vai ter... — Disse Elm tristemente.
— Um autógrafo!— Gritou Ethan estendendo um papel para o professor Oak, que riu ao fitar o ato do garoto.
— Ethan! Seja mais educado! — Murmurou Lyra envergonhada.
— Ahhh, esqueci de apresentá-los! —falou Elm agora mostrando os jovens ao professor Oak — Esse é Ethan, filho de Joshua Neils. E essa é minha sobrinha, Lyra.
Oak se inclinou para olhar Ethan de perto, ele o fitou cautelosamente e riu em seguida.
— Você se parece muito com seu pai, se não fosse pelo cabelo de sua mãe, seria idêntico a ele... — Disse o professor tomando o papel e escrevendo sua assinatura. Oak entregou ao garoto a assinatura ao garoto, que comemorava dando pequenos saltos e abrindo um sorriso brilhante — É um prazer conhecê-lo! E você também mocinha — O professor riu para Lyra, que correspondeu rindo corada.
Eram poucos o que tinham o privilégio de ter contato com o maior especialista em vida Pokémon do planeta. Ethan e Lyra tinham muita sorte, e por isso estavam contentes.
— Muito bem, vejo que atrapalhei um dos momentos mais importantes da vida de vocês — Falou o professor experiente — É melhor se apressarem e descobrirem seus companheiros.
— Isso mesmo, Lyra, Ethan, sigam em frente e libertem seus novos companheiros! — Disse Elm agora animado.
— Certo! — Disseram os dois.
Ambos levaram as mãos até as pokébolas, e as seguraram firmemente. Suspiraram e se entreolharam numa mistura de nervosismo e felicidade.
— Só uma coisa — interrompeu o professor Oak — A partir do momento que liberarem esses pokémons estarão assumindo uma grande responsabilidade, eles serão mais que seus parceiros de batalhas ou competições, serão seus amigos... — Os garotos concordaram com a cabeça e tiraram pokébolas de cima da mesa.
Ethan a segurou com força e a levantou, ele observava emocionado aquela pokébola, que aos seus olhos cintilavam mais que o Sol.
— Não sei que Pokémon é você! Cyndaquil, Chikorita ou Totodile! Não importa! Você será meu melhor amigo! — Exclamou o garoto orgulhoso.
Lyra observava sua pokébola, e deu um beijo na mesma e a levantou como um amigo.
— Isso mesmo! Ethan tem razão! Não importa qual seja! Será o melhor!
O professor Oak e o professor Elm observavam os jovens eufóricos, sem dúvidas eis ali dois treinadores que darão futuro. A hora havia chegado...Ethan e Lyra se preparam para arremessar as pokébolas.
— Pokémon! Eu escolho você! — Gritaram ambos de modo sincronizado.
Em movimento memoráveis, eles desferiram as bolas no ar, elas giravam intensamente, e aos poucos se abriram emanando uma luz intensa que tomou conta do lugar. O início de grandes aventuras...Tudo começava ali...Os raios aos poucos deixaram as pokébolas e se depositaram no chão tomando a forma de pokémons que naquele momento ainda eram misteriosos...A ânsia e a alegria tomaram conta do lugar...Tudo era só o começo, só uma escolha...
Marcadores: capitulos
10 comentários:
Kai disse...
Gostei demais do primeiro capítulo, que deixa a entender que a fic será boa. Eu realmente achei a história ótima, digna de uma fic de Pokémon.
Esse sonho do Ethan... Estaria ele predestinado a algo incrível? Talvez...
Misterioso roubo... Também penso que o Pokémon encontrará um treinador não tão legal quanto o Ethan e a Lyra. Afinal, quem rouba não pode ser uma boa pessoa.
titulo:pokemon new adventures
personagens
nome:ethan neils
idade:12
pokemons:,cindaquil,hoothoot e egg misterioso
nome:lyra elm
idade:12
pokemons:chikorita e sentret
rival
nome:joão
idade:11
pokemons:totodile
ep 1 Um começu uma escolha
Era extraordinário, tamanho poder exalava destruição pela pequena cidade, a população gritava, mas não mais alto do que os rugidos dos trovões daquela tempestade. Os guardiões se confrontavam com fúria, e as torres se abalavam ao impacto de cada golpe, a batalha se estendia, e nada podia ser feito...Nada podia parar aqueles dois, o bater de suas asas fazia com que a terra dançasse ao sons dos relâmpagos...Era o fim, mas uma das torres caiu.
— Ahhhh!
O garoto despertou ofegante, seus olhos estavam e choque e seu semblante mudou depois de dele afagar o próprio rosto, agora demonstrado sonolência e preguiça. Ele fitou todo o quarto, era pequeno, mais confortável.
Tinha paredes lisas e brancas, manchadas com alguns pôsteres. A escrivaninha estava uma bagunça, cartas e revistas cobriam o balcão de madeira. O vento soprava forte e as cortinas bailavam com o mesmo. Ethan era seu nome. Ele permanecia na cama, perdido em devaneios sobre aquele sonho, que ele preferia chamar de pesadelo. Ele tinha cabelos semelhantes à cor do céus escuros da noite, lisos e bagunçados, um topete se desprendia dos demais fios, dando-o um aspecto peculiar. Seus olhos agora já não estavam sonolentos, estavam alertas, num tom de azul semelhante ao de seus cabelos. A pela era alva, e pouco marcada.
O garoto levantou rápido, desfez-se do pijama amarelo, e correu para o banheiro. Num vulto tomou banho e escovou os dentes. O garoto observou o relógio na parede, parecia um Pokémon, mas era um relógio...”Oito Horas!” — ele disse contente, ele se apressou, vestiu uma fina camiseta preta e uma bermuda de mesma cor, que cobriam até seus joelhos. Tirou as pantufas que aqueciam os pés, e rapidamente calçou sapatos desgastados e sujos, a cor era difícil de descrever, talvez marrom, ou talvez fosse só a sujeira. O cabelo continuou bagunçado, o penteado era estranho, era como espinhos de Cacnea, abaixando e subindo, o garoto não ligou. Desceu as escadas o mais rápido possível, mas voltou a perceber que esquecera algo. Ele abriu uma das gavetas e pegou rapidamente um aparelho púrpuro semelhante a um celular fundido com um relógio, mas era mais que isso. Era um pokégear, ele o ajeitou no pulso e deu uma breve polida com a parte inferior da camisa, antes de descer mais uma vez a escada, observou um dos pôsteres na parede, tinha cores fortes e vários pokémons, mas o que chamava a atenção era o letreiro em cores mais fortes do que todas as outras, escrito: “Liga Johto: Venha ser o melhor!”. Os olhos do garoto se iluminaram, por um minuto pareceu perdido em pensamentos, talvez sobre as aventuras que iria ter e tudo mais. Num piscar de olhos correu sobre os degraus de mármore, rumo à sala da bela casa.
Era pequena, mas tinha decoração de dar inveja, sofás de camurça vinho, uma mesa de cristal, e belos tapetes decorando o chão revestido de madeira. As paredes tinham cores calmas e aconchegantes, fotos diversas adornavam as mesmas, ao lado de belos quadros e lindas janelas de vidro transparente. O garoto desceu eufórico a procura de alguém, correu mais uma vez até a cozinha e avistou uma bela mulher, magra e com feição gentil. Tinha cabelos longos, ondulados e negros, vestia um simples vestido creme coberto por um avental bege, era a mãe de Ethan.
— Acordou cedo — Ela disse, abrindo os braços a espera de um abraço. O garoto sorriu e abraçou a mãe, um abraço apressado, ele correu no armário branco depositado no canto e procurou uns salgadinhos, a mãe reprovou o gesto e foi até a sala enquanto garoto selecionava algumas besteiras para comer.
Embora a mulher tentasse disfarçar, seus olhos estavam umedecidos escondendo uma tristeza enorme, na sala ela sentou no sofá, ao lado de uma mesinha onde havia um pequeno porta-retrato. Na foto havia três pessoas, o pequeno Ethan, bem menor com feição infantil e um rosto mais arredondado, estava no meio, e ao seu lado a sua mãe, com expressão mais jovem e uma roupa mais elegante, e na direita um homem, ele vestia um tipo de uniforme, algo como roupas de pesquisadores ou arqueólogos, ele tinham cabelos iguais ao do filho, porém bem penteados, e olhos calmos e sutis. A senhora Alice, como se chamava a mãe de Ethan enxugou algumas lágrimas e se dirigiu a outra mesa, onde estava uma mochila prateada de uma alça só. Ela a pegou e se dirigiu a cozinha. Ethan estava com as mãos cheias de salgadinhos, macarrão instantâneo e doces.
— Nada disso mocinho, na sua mochila tem comida suficiente até Violet, e comida de verdade! — Ela disse tomando todas as guloseimas da mão do garoto.
— Heey! — reclamou ele tentando recuperar alguns — E o que é isso? Comida de mentira?
— É melhor deixar as piadas pra outra ocasião, se não ir logo ficará sem Pokémon! — Ela ameaçou rindo e entregando a mochila ao filho.
Ethan arregalou os olhos e deixou todos os lanches correndo até a porta, a mãe gritou por seu nome, o garoto parou inquieto. “Aonde vai sem o casaco e com o cabelo bagunçado assim?” — Ela perguntou, mas no fim ela sabia da resposta.
—Todos os casacos estão velhos, e você sabe! Eu odeio pentear o cabelo! — Ele disse tentando esconder o penteado com as mãos.
— Só um minuto! — Disse a mãe correndo até o final do corredor da casa. O garoto estava eufórico e impaciente, típico...A mulher voltou, agora com algumas vestes nas mãos — Aqui está! — Disse ela alegre.
Ela deu algumas voltas no garoto e vestiu nele um belo casaco rubro, com alguns detalhes negros e brancos, era muito bonito, confortável e aconchegante. Ela deu uma breve olhada sobre seu cabelo, o garoto desviou o olhar e ela riu. Por último ela colocou sobre aquele penteado estranho um boné preto, com uma listra dourada sobre a mediana. Cobriu todo o cabelo desarranjado, menos o topete que pendia sobre seu rosto, caiu bem para o garoto.
— Obrigado mãe! — Ele disse.
— Boa sorte querido! — Disse ela beijando a testa do garoto.
Depois daquilo, tudo passou muito rápido, ele passou pela porta com um Pachirisu passa por janelas quando pretendem roubar comida. Ele corria rápido pelas ruas estreitas de New Bark. O Sol ainda estava morno, e queimava fraco, o céu estava lindo, sem nenhuma nuvem, as vezes Pidgeys passavam em bandos, piando com alegria .
Como sabem, New Bark é o berço das aventuras de muitos treinadores, e para Ethan não seria diferente. Ele estava esperançoso, alegre, diversas emoções sobre aquela mente jovem de apenas treze anos. As esperanças desapareceram e o garoto freou rápido ao ver que guardas impediam a passagem que levava ao laboratório do professor Elm. “ O que está acontecendo?” — pensou ele. Mas as suas dúvidas logo seriam esclarecidas.
— Calma Ethan, está tudo bem... — Falou uma garota atrás do jovem garoto.
Ele riu ao avistar a garota que não era qualquer uma, era Lyra, sua melhor amiga. A garota se aproximou. Tinha a mesma altura de Ethan, talvez alguns centímetros a mais. Seus brilhantes cabelos castanhos estavam adornados por uma enorme boina branca, com um uma fita vermelha. Tinha orbes castanhos, ativos e curiosos que davam contraste a sua bela pele clara, vestia um moletom da mesma cor da fita em sua boina, e um macacão jeans com grandes botões que não passava dos joelhos. Tinha uma bolsa bege sobre os braços, onde estava pendurado seu pokégear, este rosa, diferente do de Ethan. Suas pernas estavam cobertas por um longo meião branco, e sobre seus pés uma sapatilha escarlate, simples, mas sofisticada.
— Lyra! — O garoto se aproximou da amiga, e parecia feliz por vê-la — Por que não me ligou? Disse que ia me ligar!
— Sinto muito, tive que mandar meu pokégear para o reparo, e perdi todos os números registrados — Explicou a garota, sua voz era fina e delicada, soava como música clássica.
— Tudo bem — O garoto deu de ombros — Mas afinal, o que está acontecendo?
— É tudo muito estranho, eu também não sei de muita coisa, mas parece que o laboratório do professor Elm foi roubado!
— Roubado? Como assim? — Indagava Ethan surpreso.
— Não se sabe muito, mas a única coisa que foi levada foi uma pokébola, e dentro dela, um dos pokémons iniciais! — Disse Lyra triste.
— Essa não! — Gritou o garoto desesperado— Levaram um Pokémon que podia ser meu! Isso não pode ficar assim!
O garoto esbarrou num dos guardas, que por ser magro e baixinho foi derrubado, Ethan passou correndo, enquanto o outro guarda tentou impedi-lo, mas era tudo em vão, o garoto já estava longe. Lyra cruzou os braços chateada enquanto o observava se afastando.
— Cabeça dura como sempre! — Murmurou ela — Podia pelo menos ter me esperado!
Ethan atravessou todas as casas de New Bark, até avistar o grande laboratório. Era uma construção bem feita, portas de vidro e detalhes arquitetônicos fantásticos. Sobre o teto estava esculpida uma pokébola, e uma placa indicava o seguinte nome: “Elm’s Lab”.
O local estava estranho, rodeado de pessoas e cercado de guardas, inclusive duas oficiais Jennys, que ao lado de Growlithes investigavam o local. Ethan estava encabulado com tudo aquilo e resolveu se aproximar. Sei que é cedo para dizer, mas...Ethan tem um talento sem precedentes para arrumar encrenca, e aquele era o momento certo. O garoto atravessou a multidão sorrateiramente, rodeou a construção e escalou uma das janelas, num vulto já estava lá dentro. Ele avistou o professor conversando com um velho bigodudo uniformizado, com certeza era o capitão do batalhão de investigação.
— Professor! — Gritou o garoto chamando a atenção de todos.
O professor, era bem jovem, tinha cabelos claros e castanhos, e usava uma camisa social azul claro, coberta por um jaleco branco. Tinha um ar desajeitado e olhos pequenos que se escondiam atrás de grandes óculos. Ele fitou Ethan e não ficou surpreso. O professor conhecia o garoto de outras ocasiões e o recebeu educadamente.
Era um local aconchegante, e o calor não conseguia entrar pelas portas vedadas, e devido a um grande ar condicionado no canto da parede. As paredes tinham cores neutras e gélidas, branco e azul. Várias estantes preenchiam os espaços, algumas com centenas de pokébolas, outras com livros. Haviam algumas mesas, preenchidas com computadores, onde estavam a beira alguns assistentes que se mostravam aplicados. No fim do grande salão jazia uma mesa redonda, de metal polido. Lá havia um suporte especial, no qual estavam depositadas as três pokébolas das iniciais, porém naquele momento só haviam duas.
O professor explicou o garoto o que tinha acontecido, “ Foi de madrugada, não tinha ninguém no laboratório, uma das janelas foi arrombada. Tudo estava arrumado para conceder os pokémons iniciais aos treinadores novatos, mas eis que tudo aconteceu...Quando cheguei aqui cedo, percebi a ausência de um dos pokémons. Isso é uma tragédia!” — Disse o professor entristecido.
— Vamos achar o criminoso Elm, não se preocupe — Falou o capitão, ele anotou algumas coisas num bloquinho e guardou no bolso — Nosso trabalho acabou por aqui, continuaremos investigando, e a qualquer momento daremos noticias, agora só resta entregar os pokémons que sobraram. Tenha calma Elm, tudo será resolvido.
— Antes de partir o capitão deixou um telefone, cumprimentou Elm e afagou a cabeça de Ethan. Em alguns minutos a multidão se desfez e a policia havia ido embora.
O professor se sentou na cadeira entristecido, Ethan tentou consolá-lo, mas Elm estava muito decepcionado. A porta de vidro se abriu num baque, e Lyra entrou de porta adentro.
— Tio Elm! — Gritou a menina.
Todos ali se conheciam. Ethan era conhecido, por que seu pai era parceiro de trabalho de Elm, embora agora ele investigasse as ruínas Alpha e os misteriosos Pokémon Unows. E Lyra era sobrinha do mesmo, sua mãe que morava em Hoeen, era irmã do famoso professor. Eles conversaram por instantes e o professor se animou um pouco.
— Qual deles foi roubado? — Perguntou Lyra, fitando a mesa onde só havia duas pokébolas.
— Não sei — Respondeu o professor, não tive coragem de olhar.
— Então quer dizer que não sabe!? — Perguntou Ethan perplexo.
O professor Elm se levantou e foi até a mesa onde estavam as duas pokébolas. Ele fitou as pokébolas com cautela e observou os jovens a sua frente. Lyra e Ethan se levantaram e se dirigiram até o professor.
— Talvez um de vocês não pegue o Pokémon que queria já que um deles foi roubado — Disse o professor.
— Não importa Tio — Riu Lyra — Não importa o Pokémon que seja, tenho certeza que será um ótimo Pokémon! Não é Ethan?
O garoto não respondeu, fez uma cara estranha, como se quisesse dizer “nada disso! Quero o Pokémon certo e pronto!”. Lyra deu uma leve cotovelada no amigo, que fez com que ele falasse.
— É claro! — Mentiu o garoto.
— Então chega de conversa, podem pegar as pokébolas, se preferirem, podem trocar os pokémons entre si — Explicou o professor.
— Certo! — Disseram os jovens juntos.
As mãos dos garotos começaram a se mover, eles se moviam vagarosamente rumo as pokébolas em cima daquela mesa, as pokébolas estavam prestes a serem tocadas quando alguém atravessando a porta interrompeu o momento.
Era um senhor, cabelos grisalhos e uma face marcada pelo tempo, vestia uma bela camisa vermelha, cetim ou seda. E usava um longo jaleco branco. Qualquer um conheceria aquele homem, era famoso desde Kanto até Sinnoh, até mesmo pelo “continente novo”, como era conhecido Unova. Era o professor Oak, perito em pokémons. Elm se animou ao ver o amigo de pesquisas, eles fizeram aqueles comprimentos estranhos de velhos amigos, se abraçaram e riram. Ethan e Lyra observavam aquele momento fraterno de dar inveja.
— Assim que soube o que aconteceu aqui, deixei meu programa em Goldenrod para vir visitá-lo — Falou o velho Oak com uma voz seca e cansada— Sinto muito...
— Obrigado Oak, eu estive bastante preocupado, afinal não sei que tipo de treinador esse pobre Pokémon vai ter... — Disse Elm tristemente.
— Um autógrafo!— Gritou Ethan estendendo um papel para o professor Oak, que riu ao fitar o ato do garoto.
— Ethan! Seja mais educado! — Murmurou Lyra envergonhada.
— Ahhh, esqueci de apresentá-los! —falou Elm agora mostrando os jovens ao professor Oak — Esse é Ethan, filho de Joshua Neils. E essa é minha sobrinha, Lyra.
Oak se inclinou para olhar Ethan de perto, ele o fitou cautelosamente e riu em seguida.
— Você se parece muito com seu pai, se não fosse pelo cabelo de sua mãe, seria idêntico a ele... — Disse o professor tomando o papel e escrevendo sua assinatura. Oak entregou ao garoto a assinatura ao garoto, que comemorava dando pequenos saltos e abrindo um sorriso brilhante — É um prazer conhecê-lo! E você também mocinha — O professor riu para Lyra, que correspondeu rindo corada.
Eram poucos o que tinham o privilégio de ter contato com o maior especialista em vida Pokémon do planeta. Ethan e Lyra tinham muita sorte, e por isso estavam contentes.
— Muito bem, vejo que atrapalhei um dos momentos mais importantes da vida de vocês — Falou o professor experiente — É melhor se apressarem e descobrirem seus companheiros.
— Isso mesmo, Lyra, Ethan, sigam em frente e libertem seus novos companheiros! — Disse Elm agora animado.
— Certo! — Disseram os dois.
Ambos levaram as mãos até as pokébolas, e as seguraram firmemente. Suspiraram e se entreolharam numa mistura de nervosismo e felicidade.
— Só uma coisa — interrompeu o professor Oak — A partir do momento que liberarem esses pokémons estarão assumindo uma grande responsabilidade, eles serão mais que seus parceiros de batalhas ou competições, serão seus amigos... — Os garotos concordaram com a cabeça e tiraram pokébolas de cima da mesa.
Ethan a segurou com força e a levantou, ele observava emocionado aquela pokébola, que aos seus olhos cintilavam mais que o Sol.
— Não sei que Pokémon é você! Cyndaquil, Chikorita ou Totodile! Não importa! Você será meu melhor amigo! — Exclamou o garoto orgulhoso.
Lyra observava sua pokébola, e deu um beijo na mesma e a levantou como um amigo.
— Isso mesmo! Ethan tem razão! Não importa qual seja! Será o melhor!
O professor Oak e o professor Elm observavam os jovens eufóricos, sem dúvidas eis ali dois treinadores que darão futuro. A hora havia chegado...Ethan e Lyra se preparam para arremessar as pokébolas.
— Pokémon! Eu escolho você! — Gritaram ambos de modo sincronizado.
Em movimento memoráveis, eles desferiram as bolas no ar, elas giravam intensamente, e aos poucos se abriram emanando uma luz intensa que tomou conta do lugar. O início de grandes aventuras...Tudo começava ali...Os raios aos poucos deixaram as pokébolas e se depositaram no chão tomando a forma de pokémons que naquele momento ainda eram misteriosos...A ânsia e a alegria tomaram conta do lugar...Tudo era só o começo, só uma escolha...
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10 comentários:
Kai disse...
Gostei demais do primeiro capítulo, que deixa a entender que a fic será boa. Eu realmente achei a história ótima, digna de uma fic de Pokémon.
Esse sonho do Ethan... Estaria ele predestinado a algo incrível? Talvez...
Misterioso roubo... Também penso que o Pokémon encontrará um treinador não tão legal quanto o Ethan e a Lyra. Afinal, quem rouba não pode ser uma boa pessoa.
jhoto- Treinador Iniciante
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Re: POKEMON NEW ADVENTURES
Interessante!
Ótima escrita ortográfica - errinhos minúsculos, que passam despercebidos - muito bom! Uma história legal, é cedo para dizer, mas tenho um palpite de onde surgiu a inspiração!
Esta fanfic terá futuro! Muito bom, rapaz!
Ótima escrita ortográfica - errinhos minúsculos, que passam despercebidos - muito bom! Uma história legal, é cedo para dizer, mas tenho um palpite de onde surgiu a inspiração!
Esta fanfic terá futuro! Muito bom, rapaz!
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Re: POKEMON NEW ADVENTURES
obrigado
jhoto- Treinador Iniciante
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ep 2 batalha no futuro
ep 2 BATALHA NO FUTURO
O clarão continuava, e o suspense feria os corações ansiosos e agitados dos jovens Ethan e Lyra. O professor Oak ria. Ele mais do que ninguém já vira centenas de treinadores iniciarem suas jornadas. Juntamente com Elm contemplava aquele momento com orgulho, “Esse garotos tem futuro” — Pensavam os dois sibilando risadinhas.
Aos poucos o clarão se desfazia, os dois pokémons já estavam ali. Já era possível observar suas silhuetas escuras. “Nunca um pokémon demorou tanto para sair da pokébola!” — Falava Ethan nervoso.
O garoto estava trêmulo, seus olhos cresciam abruptamente observando aquele contorno a sua frente, por um momento ele fitou Lyra. A garota continuava vidrada no outro Pokémon, a frente dela. Ethan tinha certeza que seus sentimentos eram os mesmos aquela hora, e um laço ainda mais forte começou a se formar.
O mistério revelou-se. Os pokémons agora estavam nítidos a frente dos jovens treinadores. Os olhos se estreitaram para dar espaço a um sorriso brilhante. Satisfação, alegria, euforia...Tudo se passava por aquelas mentes jovens.
Ethan observava contente seu novo parceiro. Era um ser pequeno, tinha pelagem baixa, meio áspera, azul escuro que se estendia por todo seu dorso. Tinha olhos estreitos e tímidos e um focinho alongado. Nas suas costas haviam quatro orifícios, que cintilavam um vermelho âmbar, se prestasse bastante atenção era possível ver pequenos traços de fumaça emanando de lá. O Pokémon observou o lugar, farejou. Correu até os pés de Ethan que o recebeu agachando-se. O Pokémon observou o jovem curioso.
— Demais! Um Cyndaquil! — Disse Ethan afagando a cabeça do Pokémon. O Pokémon pareceu bastante tímido ao correr para debaixo de uma mesa. — Ahn? O que houve?
Enquanto Ethan coçava a cabeça, confuso pela reação do Cyndaqui, Lyra contemplava aquele Pokémon a sua frente. Era verde, tinha um corpo à meia temperatura. Tinha olhos grandes e expressivos de um vermelho emotivo. No pescoço, sutilmente alongado haviam algumas sementes, protuberantes que se assemelhavam a um colar. Tinha pequenas unhas polidas, era quadrúpede e demonstrava elegância e simpatia, mas o que mais chamava atenção era a grande folha que saia do topo de sua cabeça, verde e viva. Além de parecer servir de adorno, também servia para sua defesa.
— Cute! Cute Cute! — Gritava a garota agarrando o Pokémon. A garota rodopiava com a plantinha no colo, alegre, cantarolava uma canção estranha. Lyra venerava os pokémons que ela classificava como “Cute”, e pra ela nada melhor que uma Chikorita. O Pokémon parecia alegre ao grunhir junto das risadas de satisfação da garota.
Os professores observavam tudo. Eles não queriam interferir, naquele momento, pra eles, seria melhor que Ethan e Lyra descobrissem e ganhassem a confiança de seus pokémons. Lyra parecia ter conseguido, porém o jovem Ethan fitava confuso o Pokémon debaixo da mesa. O Pokémon parecia ter medo, receio e cada vez mais tentava se esconder.
— Por que ele está assim? — Perguntou Ethan confuso ao professor Elm.
— Calma Ethan — Falou Elm se aproximando do garoto e depositando a mãe nos ombros do jovem treinador — Pokémons podem ser bem complicados sabia? Cada Pokémon, assim como um ser humano pode ter uma natureza diferente.
— Natureza? — Ethan sabia muito sobre pokémons, mas aquele assunto era novo pra ele — Não entendo...
— Olhe a Lyra e sua Chikorita — Disse o professor apontando para direção de ambas. Elas estavam juntas e contentes, uma afagava a outra — A natureza dela é totalmente diferente da do Cyndaquil. Provavelmente sua natureza é dócil, e a de seu Cyndaquil deve ser Tímido.
— Isso mesmo — Concordou o experiente Oak —As naturezas implicam no modo de se comportar do Pokémon e alteram seus stats de combate. Cabe a você conseguir a confiança dele e criar um laço de amizade e afeto.
— Hum... — Ethan fez bico, e continuou a observar o Pokémon que também o observava cauteloso.
— Chikorita vamos brincar lá fora! — Gritou Lyra correndo porta a fora seguida pela plantinha simpática — Ethan sentiu um pouco de inveja, e bufou decepcionado.
— Ethan, eu e o professor vamos visitar um amigo aqui perto — Disse o professor Elm — Depois voltamos para ver como você está indo com o Cyndaquil. Pessoal cuidem de tudo!
— Ok professor! — Disseram seus assistentes.
— Tudo bem professor, vou ficar bem — Disse Ethan tristonho.
— Calma garoto, dê um tempo a ele, sei que serão bons amigos... — Disse Oak antes de passar pela porta de vidro.
Ethan deu um breve sorriso e voltou olhar para o Cyndaquil que agora estava encolhido, embrulhado em seu próprio corpo. Ethan aproveitou o momento, ele se levantou rapidamente, pegou a pokébola em cima da mesa e mirou no Pokémon de fogo.
— Retorne! — Disse ele.
O Cyndaquil reagiu, mas o laser vermelho foi mais rápido, atingindo o Pokémon, que transformou-se num flash rubro e adentrou na pokébola. Ethan apertou a esfera com força, olhando sem piscar para ela.
— Nós seremos amigos! Eu prometo! — Disse ele para si próprio correndo rumo a porta.
Enquanto isso, a mãe de Ethan permanecia na janela, olhando as nuvens densas que se formavam naquele dia, era estranho. O dia que outrora estava limpo e sem nenhuma nuvem, agora estava escuro e cinzento. Os pássaros se moviam rapidamente, e Sentrets e Rattatas corriam para suas tocas. Relâmpagos cintilavam ao longe, e um vento sombrio corria por aquela pequena cidade.
— Ai meu Deus! — Gritou a mulher depois se assustar com o estrondo de um trovão. — Ethan! Ohh meu Ethan...
A mãe estava preocupada, ela rapidamente se desfez do avental que rodeava sua cintura, subiu as escadas num vulto para obter o guarda-chuva. Ela suspirou fundo e saiu de casa.
Ethan correu pelas portas de vidro do laboratório, e passou num vulto por Lyra. A garota corria ao lado do Pokémon que recebera alegre como nunca. Mas ela cessou a brincadeira ao perceber a ação estranha do garoto que correra rapidamente rumo a Rota 29.
— Ethan! — Gritou a garota sem resposta, ela gritou novamente mas o garoto não deu atenção.
O tempo se fechava ainda mais, as nuvens estavam cada vez mais escuras e densas, e os pingos de chuva caíam lentamente sobre a grama baixa de New Bark.
— Lyra! — Gritou Alice, a mãe de Ethan — Ohh querida! Onde está meu Ethan!? — A mulher estava preocupada, olhos alarmados e umedecidos, ela choraria a qualquer instante.
Os trovões começaram a descer, riscos luminosos no céu assustavam todos os moradores da pequena cidade. Os moradores ausentaram-se das ruas e esconderam-se em suas casas.
— Lyra! Alice! — Gritava Ellm — Ele se aproximou correndo junto do professor, ofegante e preocupado — Vamos entrar, a tempestade vai ser feia!
— Ethan saiu correndo! Não podemos deixá-lo aqui fora! — Gritou Lyra.
— Ohh meu Deus! Onde está meu Ethan? — Há essa hora a mãe já chorava. O professor tentou consolá-la levando-a para o laboratório, todos se dirigiram para lá, mas Lyra parou.
— Querida vamos! — Disse Elm chamando a garota.
— Não! — Ela disse balançando a cabeça — Não posso deixar Ethan sozinho nessa tempestade!
— Chikô-Chikôôô!!! —Grunhiu a plantinha concordando com a treinadora.
A garota então virou as costas e correu seguida por Chikorita. “Lyra! Não vá!” — Gritava o professor, mas era inútil.
Os pingos de chuva se tornaram mais rápidos, freqüentes e fortes. Agora quando se chocavam o chão ecoavam um chiado medonho que se tornava ainda mais assustador quando junto de trovões.
Ethan agora se abrigava debaixo de uma árvore, uma árvore com uma copa larga e folhas juntas, o que não deixava a água passar.
— Droga! — Praguejava Ele — Eu só queria te trazer para treinarmos um pouco...
O garoto polia a bola com a camisa, ela tinha um brilho lindo, ora prateado, ora vermelho. Estava tão limpa que Ethan podia ver a si mesmo num reflexo onde o garoto se encontrava triste e decepcionado. Ele observava cada trecho de sua face, por um momento lembrou-se de Lyra e Chikorita, o que ele mais queria era que seu Cyndaquil tivesse saído da pokébola e ambos tivessem se tornado amigos. Mas nem sempre tudo é como queremos...O Futuro é algo desconhecido e abstrato. Não para um certo Pokémon...
Era impossível de acreditar. Ethan limpou os orbes azuis, mas aquela imagem ainda continuava lá. Agora no reflexo na pokébola não estava só a face de Ethan, mas o reflexo de um Pokémon flutuante. Era pequeno, delicado. Suas pequenas asas batiam num ritmo acelerado, suas pernas e braços sutis tinham movimentos dançantes. Olhos expressivos, grandes e azuis. Sim meus amigos...Era Celebi.
Ethan levantou num pulo, deixou a paisagem espelhada e contemplou aquele mítico Pokémon a sua frente. Poucos tiveram a sorte de se encontrar com o Pokémon dos Tempos. O pequeno Pokémon-fada se aproximou do garoto, seus grandes olhos estavam refletidos no de Ethan que estava atento observando aquilo. “Isso é um sonho?” — perguntava-se ele.
— Celeeeebiiii! — A voz daquele ser era aguda e melódica, como a música vinda de uma harpa ou outro instrumento de som semelhante.
— Ethan! — Gritou Lyra ao avistar o amigo. A garota já estava toda molhada, seu chapéu estava baixo e sujo de lama, e suas roupas já nem tinham beleza.
Celebi se escondeu, desapareceu ao perceber a presença de alguém. Ethan continuava imóvel. Lyra se aproximou do garoto, e percebeu estranheza em sua face. Chikorita olhava atenta para o ar, ele percebera a presença do lendário.
— O que aconteceu? — Perguntava Lyra.
Naquele instante o Pokémon lendário voltou a parecer, dessa vez perto de Lyra que também estava abismada ao ver aquilo. Ela ficou paralisada, e Chikorita boquiaberta coma beleza de tal Pokémon.
— Cuuuuuu-te! — Disse ela lentamente enquanto observava o Pokémon flutuar.
O Pokémon flutuou ao redor dos garotos que tentavam acompanhar o movimento rápido do Pokémon que deixava traços luminosos no ar. Era mágico, indescritível. A luz verde começou a rodear os garotos, perdidos em devaneios. O tempo parecia ter perdido o controle, era como se Ethan e Lyra se sentissem leves, as suas vistas tremeram e tudo se apagou, flashs mostravam o que estava acontecendo. Ethan percebeu o Cyndaquil escapar da pokébola e o garoto segurou-o com força, o Pokémon de fogo resistia, mas Ethan não o soltava. Lyra também estava abraçada a sua plantinha. Estava tudo estranho, um flash verde foi a última coisa que aqueles jovens viram naquele instante.
Ethan acordou. Não por que ele estivesse recuperado, e sim pero barulho ao seu redor. O garoto não ousou abrir os olhos, mas podia sentir os flashes ofuscantes, alternados entre rugidos de pokémons desconhecidos. O garoto apertou o colo, e para seu alivio o seu Pokémon estava ali.
— Cele-byye! — Grunhia o pequeno guardião, ele tentava abrir os olhos do garoto. Mas Ethan tinha um mau pressentimento.
Lyra se levantou, ela sim observava tudo, cautelosa, pasma. Seus grandes orbes castanhos estavam ainda maiores, tremiam ao observar a paisagem dantesca. Chikorita estava em seu colo, a plantinha tinha o mesmo semblante alarmado da garota. Era tudo tão estranho...
Ethan conteve-se o quanto pode, e num movimento rápido e brusco arregalou os olhos. O seu coração batia acelerado, sua respiração ofegante...Os olhos refletiam medo e tristeza.
Alí era Ecruteak, Ethan e Lyra não tinham idéia de como foram parar lá, mas não estava como nos noticiários ou revistas sobre a liga. As nuvens eram densas e negras, os trovões rugiam, pareciam dragões a cortar o céu. A cidade estava em chamas, o som da crepitação abafava os gritos desesperados das pessoas que ali moravam. Pokémons fugiam, corriam e voavam, escondiam-se em pequenas valas, mas era inútil. Explosões constantes e rugidos assustadores tomavam conta dos céus. Os titãs se enfrentavam mais uma vez...
— É como no meu sonho... — Pensava Ethan.
Mas não era só Ho-oh e Lugia que gladiavam sem piedade. Na Terra, dois dos cães lendários rugiam fortemente enquanto disparavam chamas e trovões. Em contrapartida nos céus, as aves do Arquipélago Laranja mostravam seus brilho e realeza enquanto disputavam forças contra Raikow e Entei.
— O que está acontecendo?! — Perguntou-se Lyra — Onde estamos?!
O cyndaquil ainda dormia, e quando acordou...Puft! O pequeno Pokémon de fogo escapuliu dos braços de Ethan e correu assustado.
Os jovens estavam numa colina, e cyndaquil correu rumo a cidade, o coliseu onde o ápice da batalha acontecia. Ethan sem demoras correu para tentar pegar o amigo, mas era inútil o Pokémon era mais rápido. Sacou a pokébola para tentar retorná-lo, mas o Pokémon já ia longe demais.
Na cidade, Articuno perseguia o leão de Johto com rapidez. Entei deslizava sobre o chão esquivando de todos os raios congelantes que iam a sua direção. Mas o pássaro do gelo foi mais rápido e com um movimento surpresa fez do cão lendário uma estirpe de gelo. Ethan estava por perto, sem se importar com o perigo, corria atrás do ratinho de fogo que escapava com agilidade.
— Ethan! — Lyra gritava desesperada, mas o medo não deixou que ela acompanhasse o desafio do amigo. Lágrimas tomaram o rosto da garota.
— Cyndaquil! Volta!
Era inútil, por mais que o garoto gritasse o Pokémon corria ainda mais. Ethan não parou continuou a correr, embora seu fôlego estivesse quase ausente de seus pulmões. É difícil de se descrever, mas Ethan parou. Algo o empurrou rumo ao chão, e graças a isso ele continuou vivo. Lugia passara sobre sua cabeça deitada, se o garoto não estivesse no chão a trombada com o titã teria custado sua vida.
Ele se levantou rapidamente, e ao seu lado estava um garoto ruivo, da sua altura e provavelmente de sua idade. O garoto tinha traços fortes, misteriosos e desconfiados. Seus cabelos vermelhos se estendiam até debaixo do pescoço, lisos e brilhantes. Sua face era extremamente alva e emanava um ar frio e sombrio. Vestia uma calça jeans, com costuras nos joelhos e uma jaqueta azul escuro com detalhes rubros. Ambos se encararam, olhos curvados e chateados.
— Idiota! — exclamou Ethan.
— Humph! — o garoto bufou enquanto arrumava o cabelo — Um “obrigado” seria mais educado.
— Não tenho tempo para discutir com você!
Ethan abandonou o garoto e continuou a correr, o que ele mais queria era encontrar seu parceiro, Cyndaquil. O garoto o observava, e desferiu um sorriso malicioso de canto.
— Você me deve uma... — Ele disse com uma voz baixa e agourenta.
Cyndaquil havia se escondido embaixo de alguns escombros. Ethan diminuiu a intensidade da corrida e caminhava devagar até o amigo que o esperava receoso.
— Venha!
Ethan gritava estendendo a mão embaixo das construções, o Pokémon continuava oprimido, olhando indiretamente para o treinador, que tinha olhos umedecidos, chorosos.
— Por favor...Só quero te proteger...Ser seu amigo... — Falou o garoto, agora desferindo algumas lágrimas.
Um estrondo se ouviu, O pilar de gelo em que Entei estava depositado havia se rachado, e as lâminas de gelo geradas em consequência se espalhavam pelo lugar. Ethan num movimento célere agarrou o Cyndaquil e se pôs de costas para de onde as placas vinham. Algumas lâminas atingiam suas costas e o feriam, mas ele estava feliz em poder proteger o amigo.
Diante daquele ato, Cyndaquil finalmente enxergou a verdadeira intenção do treinador. O Pokémon se aconchegou no colo do treinador machucado e grunhiu, afagando o seu focinho longo no rosto do treinador. Ethan mesmo entre suas lágrimas frias riu e abraçou ainda mais forte o seu parceiro.
O garoto agora estava machucado, suas costas titilavam numa dor aguda e gelada. Ele não podia mais correr. A batalha não cessava. Os pokémons lendários se confrontavam sem se importar com nada, Ethan não entedia nada.
Foi muito rápido, nem mesmo Ethan percebera o movimento, mas num piscar de olhos ele cavalgava nas costas de um Pokémon. Ele tinha pelos azuis e úmidos, e uma juba que cintilava como nuvens entre estrelas. Era o cão lendário Suicune. O lendário corria entre as ruas destruídas com Ethan em suas costas e logo estavam na colina junto de Lyra e Celeby, que ficaram muito contentes. O garoto de antes também estava ali, de braços cruzados e olhando para o nada. Celeby pareceu conferir a todos, e começou a cintilar. O flash verde mais uma vez se formou.
Tudo foi muito intenso. O caos havia desaparecido e uma luz ofuscante tinha tomado toda a paisagem. Luz e mais luz, a única coisa que Ethan podia ver era Lyra, Celeby, Suicune e o garoto misterioso de cabelos vermelhos. Ele piscou os olhos, e não abriu mais.
Ethan já não estava mais na cidade em destruição, e nem naquele local luminoso. Ele estava deitado, confortável. Sentiu dedos macios afagando seu cabelo bagunçado. O garoto abriu os olhos vagarosamente e fitou o local onde jazia. Avistou seus pôsteres, sua escrivaninha. Era seu quarto. Sua mãe afagava o garoto, com uma face preocupada, fechada. Ethan se levantou devagar, bocejou e gemeu em seguida, uma dor aguda e constante o incomodava bastante.
— Tudo bem querido? — perguntou a mãe, agora passando a mão sobre o pescoço do garoto — Pelo menos a febre passou... — Ela disse abrindo um breve sorriso.
Ethan passou a mão sobre a cabeça, cerrou os olhos. Naquele instante avistou cenas em vulto na sua cabeça, desde os lendários duelando, o garoto misterioso e a cavalgada junto de Suicune.
— Estou bem, só dor de cabeça — falou Ethan, tentando demonstrar a mãe que estava tudo bem.
— Vou buscar um remédio. Não saia daí! — Falou sua mãe, dando advertência.
Ethan estava confuso, fez-se centenas de perguntas. Entre elas, “O que aconteceu?”, “Como cheguei até aqui?”... O garoto se levantou rápido, estava vestido no pijama amarelo do dia anterior. Se colocou em frente ao espelho, tirando a camisa de algodão, fitou as costas e avistou as feridas. Passaram por suas memórias lembranças, como as do momento em que ele salvou Cyndaquil das farpas de gelo. Preocupado com o amigo, Ethan procurou pela pokébola do pokémon de fogo, e a achou perto das suas roupas. Depois de liberar o amigo, deu um caloroso abraço, que foi correspondido por grunhidos amigáveis. “Que bom que está bem!”, disse Ethan ainda abraçado do pokémon.
Em seguida, o jovem de cabelos azulados fitou seu poké-gear, tocando alguns botões até que a foto de Lyra surgisse. Ele deu mais alguns cliques e logo bipes eram ouvidos, o garoto ligava para a amiga para tentar esclarecer algumas dúvidas.
— Alô? Ethan? — Disse ela ao atender.
— Sim, oi Lyra. Está tudo bem? — Perguntou preocupado.
— Acho que sim — Disse ela com voz confusa —, pra falar a verdade estou estranha, sinto como se tivesse viajado por horas! Não! Dias!
— Lembra-se do que aconteceu?
— E como eu poderia esquecer?
— Não foi um sonho... — falou Ethan pasmo.
— Eu sei — Disse Lyra seca — Você está bem?
— Sim, só alguns machucados, mas não estão doendo muito. Como chegamos em casa?
— Não sei. Celeby ou Suicune talvez...Minha mãe veio com uma conversa sobre eu chegar meio tonta.
— Sabe o que aconteceu naquele lugar? — perguntou o garoto curioso.
— Era Ecruteak. Não faço idéia do que era aquilo, já dei uma olhada na TV e está tudo normal lá.
— Viagem no tempo... — Disse Ethan agourento.
— Isso é loucura! — Retrucou Lyra abismada.
— Pense! Celeby tem essa habilidade! Ele começou a brilhar e tudo aconteceu! — rebateu o garoto alterado.
— Hum...Tem razão. Acha que voltamos no tempo? — Indagou Lyra.
— Não. No futuro... — Disse Ethan sério.
O garoto tinha olhos vivos e curiosos, fitava o nada enquanto falava com Lyra e mergulhava em devaneios. O que havia acontecido era um mistério, que Ethan estava disposto a revelar...
CONTINUA...
O clarão continuava, e o suspense feria os corações ansiosos e agitados dos jovens Ethan e Lyra. O professor Oak ria. Ele mais do que ninguém já vira centenas de treinadores iniciarem suas jornadas. Juntamente com Elm contemplava aquele momento com orgulho, “Esse garotos tem futuro” — Pensavam os dois sibilando risadinhas.
Aos poucos o clarão se desfazia, os dois pokémons já estavam ali. Já era possível observar suas silhuetas escuras. “Nunca um pokémon demorou tanto para sair da pokébola!” — Falava Ethan nervoso.
O garoto estava trêmulo, seus olhos cresciam abruptamente observando aquele contorno a sua frente, por um momento ele fitou Lyra. A garota continuava vidrada no outro Pokémon, a frente dela. Ethan tinha certeza que seus sentimentos eram os mesmos aquela hora, e um laço ainda mais forte começou a se formar.
O mistério revelou-se. Os pokémons agora estavam nítidos a frente dos jovens treinadores. Os olhos se estreitaram para dar espaço a um sorriso brilhante. Satisfação, alegria, euforia...Tudo se passava por aquelas mentes jovens.
Ethan observava contente seu novo parceiro. Era um ser pequeno, tinha pelagem baixa, meio áspera, azul escuro que se estendia por todo seu dorso. Tinha olhos estreitos e tímidos e um focinho alongado. Nas suas costas haviam quatro orifícios, que cintilavam um vermelho âmbar, se prestasse bastante atenção era possível ver pequenos traços de fumaça emanando de lá. O Pokémon observou o lugar, farejou. Correu até os pés de Ethan que o recebeu agachando-se. O Pokémon observou o jovem curioso.
— Demais! Um Cyndaquil! — Disse Ethan afagando a cabeça do Pokémon. O Pokémon pareceu bastante tímido ao correr para debaixo de uma mesa. — Ahn? O que houve?
Enquanto Ethan coçava a cabeça, confuso pela reação do Cyndaqui, Lyra contemplava aquele Pokémon a sua frente. Era verde, tinha um corpo à meia temperatura. Tinha olhos grandes e expressivos de um vermelho emotivo. No pescoço, sutilmente alongado haviam algumas sementes, protuberantes que se assemelhavam a um colar. Tinha pequenas unhas polidas, era quadrúpede e demonstrava elegância e simpatia, mas o que mais chamava atenção era a grande folha que saia do topo de sua cabeça, verde e viva. Além de parecer servir de adorno, também servia para sua defesa.
— Cute! Cute Cute! — Gritava a garota agarrando o Pokémon. A garota rodopiava com a plantinha no colo, alegre, cantarolava uma canção estranha. Lyra venerava os pokémons que ela classificava como “Cute”, e pra ela nada melhor que uma Chikorita. O Pokémon parecia alegre ao grunhir junto das risadas de satisfação da garota.
Os professores observavam tudo. Eles não queriam interferir, naquele momento, pra eles, seria melhor que Ethan e Lyra descobrissem e ganhassem a confiança de seus pokémons. Lyra parecia ter conseguido, porém o jovem Ethan fitava confuso o Pokémon debaixo da mesa. O Pokémon parecia ter medo, receio e cada vez mais tentava se esconder.
— Por que ele está assim? — Perguntou Ethan confuso ao professor Elm.
— Calma Ethan — Falou Elm se aproximando do garoto e depositando a mãe nos ombros do jovem treinador — Pokémons podem ser bem complicados sabia? Cada Pokémon, assim como um ser humano pode ter uma natureza diferente.
— Natureza? — Ethan sabia muito sobre pokémons, mas aquele assunto era novo pra ele — Não entendo...
— Olhe a Lyra e sua Chikorita — Disse o professor apontando para direção de ambas. Elas estavam juntas e contentes, uma afagava a outra — A natureza dela é totalmente diferente da do Cyndaquil. Provavelmente sua natureza é dócil, e a de seu Cyndaquil deve ser Tímido.
— Isso mesmo — Concordou o experiente Oak —As naturezas implicam no modo de se comportar do Pokémon e alteram seus stats de combate. Cabe a você conseguir a confiança dele e criar um laço de amizade e afeto.
— Hum... — Ethan fez bico, e continuou a observar o Pokémon que também o observava cauteloso.
— Chikorita vamos brincar lá fora! — Gritou Lyra correndo porta a fora seguida pela plantinha simpática — Ethan sentiu um pouco de inveja, e bufou decepcionado.
— Ethan, eu e o professor vamos visitar um amigo aqui perto — Disse o professor Elm — Depois voltamos para ver como você está indo com o Cyndaquil. Pessoal cuidem de tudo!
— Ok professor! — Disseram seus assistentes.
— Tudo bem professor, vou ficar bem — Disse Ethan tristonho.
— Calma garoto, dê um tempo a ele, sei que serão bons amigos... — Disse Oak antes de passar pela porta de vidro.
Ethan deu um breve sorriso e voltou olhar para o Cyndaquil que agora estava encolhido, embrulhado em seu próprio corpo. Ethan aproveitou o momento, ele se levantou rapidamente, pegou a pokébola em cima da mesa e mirou no Pokémon de fogo.
— Retorne! — Disse ele.
O Cyndaquil reagiu, mas o laser vermelho foi mais rápido, atingindo o Pokémon, que transformou-se num flash rubro e adentrou na pokébola. Ethan apertou a esfera com força, olhando sem piscar para ela.
— Nós seremos amigos! Eu prometo! — Disse ele para si próprio correndo rumo a porta.
Enquanto isso, a mãe de Ethan permanecia na janela, olhando as nuvens densas que se formavam naquele dia, era estranho. O dia que outrora estava limpo e sem nenhuma nuvem, agora estava escuro e cinzento. Os pássaros se moviam rapidamente, e Sentrets e Rattatas corriam para suas tocas. Relâmpagos cintilavam ao longe, e um vento sombrio corria por aquela pequena cidade.
— Ai meu Deus! — Gritou a mulher depois se assustar com o estrondo de um trovão. — Ethan! Ohh meu Ethan...
A mãe estava preocupada, ela rapidamente se desfez do avental que rodeava sua cintura, subiu as escadas num vulto para obter o guarda-chuva. Ela suspirou fundo e saiu de casa.
Ethan correu pelas portas de vidro do laboratório, e passou num vulto por Lyra. A garota corria ao lado do Pokémon que recebera alegre como nunca. Mas ela cessou a brincadeira ao perceber a ação estranha do garoto que correra rapidamente rumo a Rota 29.
— Ethan! — Gritou a garota sem resposta, ela gritou novamente mas o garoto não deu atenção.
O tempo se fechava ainda mais, as nuvens estavam cada vez mais escuras e densas, e os pingos de chuva caíam lentamente sobre a grama baixa de New Bark.
— Lyra! — Gritou Alice, a mãe de Ethan — Ohh querida! Onde está meu Ethan!? — A mulher estava preocupada, olhos alarmados e umedecidos, ela choraria a qualquer instante.
Os trovões começaram a descer, riscos luminosos no céu assustavam todos os moradores da pequena cidade. Os moradores ausentaram-se das ruas e esconderam-se em suas casas.
— Lyra! Alice! — Gritava Ellm — Ele se aproximou correndo junto do professor, ofegante e preocupado — Vamos entrar, a tempestade vai ser feia!
— Ethan saiu correndo! Não podemos deixá-lo aqui fora! — Gritou Lyra.
— Ohh meu Deus! Onde está meu Ethan? — Há essa hora a mãe já chorava. O professor tentou consolá-la levando-a para o laboratório, todos se dirigiram para lá, mas Lyra parou.
— Querida vamos! — Disse Elm chamando a garota.
— Não! — Ela disse balançando a cabeça — Não posso deixar Ethan sozinho nessa tempestade!
— Chikô-Chikôôô!!! —Grunhiu a plantinha concordando com a treinadora.
A garota então virou as costas e correu seguida por Chikorita. “Lyra! Não vá!” — Gritava o professor, mas era inútil.
Os pingos de chuva se tornaram mais rápidos, freqüentes e fortes. Agora quando se chocavam o chão ecoavam um chiado medonho que se tornava ainda mais assustador quando junto de trovões.
Ethan agora se abrigava debaixo de uma árvore, uma árvore com uma copa larga e folhas juntas, o que não deixava a água passar.
— Droga! — Praguejava Ele — Eu só queria te trazer para treinarmos um pouco...
O garoto polia a bola com a camisa, ela tinha um brilho lindo, ora prateado, ora vermelho. Estava tão limpa que Ethan podia ver a si mesmo num reflexo onde o garoto se encontrava triste e decepcionado. Ele observava cada trecho de sua face, por um momento lembrou-se de Lyra e Chikorita, o que ele mais queria era que seu Cyndaquil tivesse saído da pokébola e ambos tivessem se tornado amigos. Mas nem sempre tudo é como queremos...O Futuro é algo desconhecido e abstrato. Não para um certo Pokémon...
Era impossível de acreditar. Ethan limpou os orbes azuis, mas aquela imagem ainda continuava lá. Agora no reflexo na pokébola não estava só a face de Ethan, mas o reflexo de um Pokémon flutuante. Era pequeno, delicado. Suas pequenas asas batiam num ritmo acelerado, suas pernas e braços sutis tinham movimentos dançantes. Olhos expressivos, grandes e azuis. Sim meus amigos...Era Celebi.
Ethan levantou num pulo, deixou a paisagem espelhada e contemplou aquele mítico Pokémon a sua frente. Poucos tiveram a sorte de se encontrar com o Pokémon dos Tempos. O pequeno Pokémon-fada se aproximou do garoto, seus grandes olhos estavam refletidos no de Ethan que estava atento observando aquilo. “Isso é um sonho?” — perguntava-se ele.
— Celeeeebiiii! — A voz daquele ser era aguda e melódica, como a música vinda de uma harpa ou outro instrumento de som semelhante.
— Ethan! — Gritou Lyra ao avistar o amigo. A garota já estava toda molhada, seu chapéu estava baixo e sujo de lama, e suas roupas já nem tinham beleza.
Celebi se escondeu, desapareceu ao perceber a presença de alguém. Ethan continuava imóvel. Lyra se aproximou do garoto, e percebeu estranheza em sua face. Chikorita olhava atenta para o ar, ele percebera a presença do lendário.
— O que aconteceu? — Perguntava Lyra.
Naquele instante o Pokémon lendário voltou a parecer, dessa vez perto de Lyra que também estava abismada ao ver aquilo. Ela ficou paralisada, e Chikorita boquiaberta coma beleza de tal Pokémon.
— Cuuuuuu-te! — Disse ela lentamente enquanto observava o Pokémon flutuar.
O Pokémon flutuou ao redor dos garotos que tentavam acompanhar o movimento rápido do Pokémon que deixava traços luminosos no ar. Era mágico, indescritível. A luz verde começou a rodear os garotos, perdidos em devaneios. O tempo parecia ter perdido o controle, era como se Ethan e Lyra se sentissem leves, as suas vistas tremeram e tudo se apagou, flashs mostravam o que estava acontecendo. Ethan percebeu o Cyndaquil escapar da pokébola e o garoto segurou-o com força, o Pokémon de fogo resistia, mas Ethan não o soltava. Lyra também estava abraçada a sua plantinha. Estava tudo estranho, um flash verde foi a última coisa que aqueles jovens viram naquele instante.
Ethan acordou. Não por que ele estivesse recuperado, e sim pero barulho ao seu redor. O garoto não ousou abrir os olhos, mas podia sentir os flashes ofuscantes, alternados entre rugidos de pokémons desconhecidos. O garoto apertou o colo, e para seu alivio o seu Pokémon estava ali.
— Cele-byye! — Grunhia o pequeno guardião, ele tentava abrir os olhos do garoto. Mas Ethan tinha um mau pressentimento.
Lyra se levantou, ela sim observava tudo, cautelosa, pasma. Seus grandes orbes castanhos estavam ainda maiores, tremiam ao observar a paisagem dantesca. Chikorita estava em seu colo, a plantinha tinha o mesmo semblante alarmado da garota. Era tudo tão estranho...
Ethan conteve-se o quanto pode, e num movimento rápido e brusco arregalou os olhos. O seu coração batia acelerado, sua respiração ofegante...Os olhos refletiam medo e tristeza.
Alí era Ecruteak, Ethan e Lyra não tinham idéia de como foram parar lá, mas não estava como nos noticiários ou revistas sobre a liga. As nuvens eram densas e negras, os trovões rugiam, pareciam dragões a cortar o céu. A cidade estava em chamas, o som da crepitação abafava os gritos desesperados das pessoas que ali moravam. Pokémons fugiam, corriam e voavam, escondiam-se em pequenas valas, mas era inútil. Explosões constantes e rugidos assustadores tomavam conta dos céus. Os titãs se enfrentavam mais uma vez...
— É como no meu sonho... — Pensava Ethan.
Mas não era só Ho-oh e Lugia que gladiavam sem piedade. Na Terra, dois dos cães lendários rugiam fortemente enquanto disparavam chamas e trovões. Em contrapartida nos céus, as aves do Arquipélago Laranja mostravam seus brilho e realeza enquanto disputavam forças contra Raikow e Entei.
— O que está acontecendo?! — Perguntou-se Lyra — Onde estamos?!
O cyndaquil ainda dormia, e quando acordou...Puft! O pequeno Pokémon de fogo escapuliu dos braços de Ethan e correu assustado.
Os jovens estavam numa colina, e cyndaquil correu rumo a cidade, o coliseu onde o ápice da batalha acontecia. Ethan sem demoras correu para tentar pegar o amigo, mas era inútil o Pokémon era mais rápido. Sacou a pokébola para tentar retorná-lo, mas o Pokémon já ia longe demais.
Na cidade, Articuno perseguia o leão de Johto com rapidez. Entei deslizava sobre o chão esquivando de todos os raios congelantes que iam a sua direção. Mas o pássaro do gelo foi mais rápido e com um movimento surpresa fez do cão lendário uma estirpe de gelo. Ethan estava por perto, sem se importar com o perigo, corria atrás do ratinho de fogo que escapava com agilidade.
— Ethan! — Lyra gritava desesperada, mas o medo não deixou que ela acompanhasse o desafio do amigo. Lágrimas tomaram o rosto da garota.
— Cyndaquil! Volta!
Era inútil, por mais que o garoto gritasse o Pokémon corria ainda mais. Ethan não parou continuou a correr, embora seu fôlego estivesse quase ausente de seus pulmões. É difícil de se descrever, mas Ethan parou. Algo o empurrou rumo ao chão, e graças a isso ele continuou vivo. Lugia passara sobre sua cabeça deitada, se o garoto não estivesse no chão a trombada com o titã teria custado sua vida.
Ele se levantou rapidamente, e ao seu lado estava um garoto ruivo, da sua altura e provavelmente de sua idade. O garoto tinha traços fortes, misteriosos e desconfiados. Seus cabelos vermelhos se estendiam até debaixo do pescoço, lisos e brilhantes. Sua face era extremamente alva e emanava um ar frio e sombrio. Vestia uma calça jeans, com costuras nos joelhos e uma jaqueta azul escuro com detalhes rubros. Ambos se encararam, olhos curvados e chateados.
— Idiota! — exclamou Ethan.
— Humph! — o garoto bufou enquanto arrumava o cabelo — Um “obrigado” seria mais educado.
— Não tenho tempo para discutir com você!
Ethan abandonou o garoto e continuou a correr, o que ele mais queria era encontrar seu parceiro, Cyndaquil. O garoto o observava, e desferiu um sorriso malicioso de canto.
— Você me deve uma... — Ele disse com uma voz baixa e agourenta.
Cyndaquil havia se escondido embaixo de alguns escombros. Ethan diminuiu a intensidade da corrida e caminhava devagar até o amigo que o esperava receoso.
— Venha!
Ethan gritava estendendo a mão embaixo das construções, o Pokémon continuava oprimido, olhando indiretamente para o treinador, que tinha olhos umedecidos, chorosos.
— Por favor...Só quero te proteger...Ser seu amigo... — Falou o garoto, agora desferindo algumas lágrimas.
Um estrondo se ouviu, O pilar de gelo em que Entei estava depositado havia se rachado, e as lâminas de gelo geradas em consequência se espalhavam pelo lugar. Ethan num movimento célere agarrou o Cyndaquil e se pôs de costas para de onde as placas vinham. Algumas lâminas atingiam suas costas e o feriam, mas ele estava feliz em poder proteger o amigo.
Diante daquele ato, Cyndaquil finalmente enxergou a verdadeira intenção do treinador. O Pokémon se aconchegou no colo do treinador machucado e grunhiu, afagando o seu focinho longo no rosto do treinador. Ethan mesmo entre suas lágrimas frias riu e abraçou ainda mais forte o seu parceiro.
O garoto agora estava machucado, suas costas titilavam numa dor aguda e gelada. Ele não podia mais correr. A batalha não cessava. Os pokémons lendários se confrontavam sem se importar com nada, Ethan não entedia nada.
Foi muito rápido, nem mesmo Ethan percebera o movimento, mas num piscar de olhos ele cavalgava nas costas de um Pokémon. Ele tinha pelos azuis e úmidos, e uma juba que cintilava como nuvens entre estrelas. Era o cão lendário Suicune. O lendário corria entre as ruas destruídas com Ethan em suas costas e logo estavam na colina junto de Lyra e Celeby, que ficaram muito contentes. O garoto de antes também estava ali, de braços cruzados e olhando para o nada. Celeby pareceu conferir a todos, e começou a cintilar. O flash verde mais uma vez se formou.
Tudo foi muito intenso. O caos havia desaparecido e uma luz ofuscante tinha tomado toda a paisagem. Luz e mais luz, a única coisa que Ethan podia ver era Lyra, Celeby, Suicune e o garoto misterioso de cabelos vermelhos. Ele piscou os olhos, e não abriu mais.
Ethan já não estava mais na cidade em destruição, e nem naquele local luminoso. Ele estava deitado, confortável. Sentiu dedos macios afagando seu cabelo bagunçado. O garoto abriu os olhos vagarosamente e fitou o local onde jazia. Avistou seus pôsteres, sua escrivaninha. Era seu quarto. Sua mãe afagava o garoto, com uma face preocupada, fechada. Ethan se levantou devagar, bocejou e gemeu em seguida, uma dor aguda e constante o incomodava bastante.
— Tudo bem querido? — perguntou a mãe, agora passando a mão sobre o pescoço do garoto — Pelo menos a febre passou... — Ela disse abrindo um breve sorriso.
Ethan passou a mão sobre a cabeça, cerrou os olhos. Naquele instante avistou cenas em vulto na sua cabeça, desde os lendários duelando, o garoto misterioso e a cavalgada junto de Suicune.
— Estou bem, só dor de cabeça — falou Ethan, tentando demonstrar a mãe que estava tudo bem.
— Vou buscar um remédio. Não saia daí! — Falou sua mãe, dando advertência.
Ethan estava confuso, fez-se centenas de perguntas. Entre elas, “O que aconteceu?”, “Como cheguei até aqui?”... O garoto se levantou rápido, estava vestido no pijama amarelo do dia anterior. Se colocou em frente ao espelho, tirando a camisa de algodão, fitou as costas e avistou as feridas. Passaram por suas memórias lembranças, como as do momento em que ele salvou Cyndaquil das farpas de gelo. Preocupado com o amigo, Ethan procurou pela pokébola do pokémon de fogo, e a achou perto das suas roupas. Depois de liberar o amigo, deu um caloroso abraço, que foi correspondido por grunhidos amigáveis. “Que bom que está bem!”, disse Ethan ainda abraçado do pokémon.
Em seguida, o jovem de cabelos azulados fitou seu poké-gear, tocando alguns botões até que a foto de Lyra surgisse. Ele deu mais alguns cliques e logo bipes eram ouvidos, o garoto ligava para a amiga para tentar esclarecer algumas dúvidas.
— Alô? Ethan? — Disse ela ao atender.
— Sim, oi Lyra. Está tudo bem? — Perguntou preocupado.
— Acho que sim — Disse ela com voz confusa —, pra falar a verdade estou estranha, sinto como se tivesse viajado por horas! Não! Dias!
— Lembra-se do que aconteceu?
— E como eu poderia esquecer?
— Não foi um sonho... — falou Ethan pasmo.
— Eu sei — Disse Lyra seca — Você está bem?
— Sim, só alguns machucados, mas não estão doendo muito. Como chegamos em casa?
— Não sei. Celeby ou Suicune talvez...Minha mãe veio com uma conversa sobre eu chegar meio tonta.
— Sabe o que aconteceu naquele lugar? — perguntou o garoto curioso.
— Era Ecruteak. Não faço idéia do que era aquilo, já dei uma olhada na TV e está tudo normal lá.
— Viagem no tempo... — Disse Ethan agourento.
— Isso é loucura! — Retrucou Lyra abismada.
— Pense! Celeby tem essa habilidade! Ele começou a brilhar e tudo aconteceu! — rebateu o garoto alterado.
— Hum...Tem razão. Acha que voltamos no tempo? — Indagou Lyra.
— Não. No futuro... — Disse Ethan sério.
O garoto tinha olhos vivos e curiosos, fitava o nada enquanto falava com Lyra e mergulhava em devaneios. O que havia acontecido era um mistério, que Ethan estava disposto a revelar...
CONTINUA...
jhoto- Treinador Iniciante
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Ficha do Personagem
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ep 3 adeus new bark bem vindo sentret
ep adeus new bark bem vindo sentret
O dia amanhecia claro. Soprava uma leve brisa fazendo com que as folhas balançassem suavemente ao som da melodia do bater de asas de Ledybas e piados de Pidgeys. No céu o sol jazia solitário, sem nem sequer uma simples nuvem. A tempestade do dia anterior era somente lembrança.
Na casa de Lyra, a garota terminava de se arrumar. Se desfez do pijama e vestiu a roupa de antes, agora limpa e perfumada. Se fitava no espelho, e por último depositou a boina branca sobre os cabelos amarrados em maria-chiquinha.
— Finalmente vamos partir em jornada! — disse a garota saltitando.
Chikorita estava em cima da cama, preguiçosa, bocejava enquanto observava a treinadora se adornando. Depois de arrumar-se, Lyra organizou sua bolsa de viajem, poções, pokébolas, comida, ração para pokémons...Tudo que ela iria precisar e mais um pouco.
— Acho que já está tudo pronto!
— Chikô! — Grunhia a plantinha, agora saltando da cama e animada.
— Vamos nessa! — Falou Lyra, suspirando e observando o quarto.
Lyra ia demorar a voltar alí, por isso fazia toda aquela cerimônia. Mais um suspiro e a garota saiu de porta a fora acompanhada de Chikorita, que dançava com a cabeça balançando sua folha e emanando um perfume adocicado e apaixonante.
A alguns quarteirões dali, estava Ethan. O garoto já havia vestido sua roupa, e a mochila já estava o esperando na sala junto de sua mãe.
— Vamos lá amigão, nossa aventura começa agora! — Disse Ethan ao acariciar o Cyndaquil em cima da escrivaninha.
Antes de sair o garoto abriu cautelosamente uma das gavetas observando sua volta. Dentro dela tinham algumas guloseimas escondidas, afinal sua mãe não o deixaria levá-las.
— Não conte para mamãe! Ok? — Disse ele para o pokémon desferindo um enorme sorriso.
— Quiiiil!i — O pokémon balançou a cabeça e demonstrou alegria.
Ambos correram pelo quarto até o deixarem vazio. Desceram as escadas num vulto e mais rápido ainda estavam na sala, onde Alice, a mãe de Ethan os aguardava.
Ao Ver o cabelo extremamente bagunçado do garoto a mãe fez um gesto de reprovação, mas riu em seguida.
— Vou sentir saudades — disse ela abraçando o filho — já está tudo pronto na sua mochila, não esqueça de comer nas horas certas, e nem preciso dizer para escovar os dentes. Certo mocinho?
— Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem! — Disse Ethan desferindo o enorme sorriso de sempre.
— Seu pai me disse a mesma coisa quando partiu, mas isso só me deixou mais preocupada.
— Vou ligar sempre que puder, prometo.
— Tudo bem — a mulher deu um beijo na testa do garoto, e ambos se abraçaram por um longo instante — Se cuide querido....
— Vou me cuidar, se cuida também...
Alice tinha seus olhos umedecidos e tristonhos, a despedida do filho a corroía por dentro, ela tentou disfarçar, mas era em vão, o choro já estava evidente.
— Boa sorte querido... — Ela disse soluçando.
— Vou ser o melhor mamãe. Em breve estarei de volta, mais forte e com muito mais amigos!
— Adeus Ethan, Adeus Cyndaquil, cuide bem dele... — Ela disse por último.
— Quiiiil! — grunhiu o pokémon, fazendo “sim” com a cabeça.
— Adeus mãe...
O garoto acenou pela última vez, e atravessou a porta devagar. Depois daquela despedida difícil, o garoto acelerou os passos dentro de seus tênis velhos. Ethan combinou de se encontrar com Lyra em frente ao laboratório do professor Elm, e o garoto corria rápido para lá. A cidade estava alegre, e o vento soprava refrescante. As pequenas ruas da cidade iam sendo deixadas para trás, Ethan fitava tudo cautelosamente, sentiria saudade da cidade natal e dos amigos, pelo menos Lyra iria com ele.
Depois de alguns minutos correndo o garoto estava em frente ao laboratório. Sem avistar Lyra, ele entrou. Ainda de longe avistou Lyra abraçada ao tio. Era a despedida dos dois. Ethan se aproximou e saldou a todos. Sem demorar o professor se dirigiu a gaveta e pegou dois embrulhos.
— São presentes que o velho Oak deixou para vocês — disse Elm os entregando.
— Demais! — disseram ambos abrindo os embrulhos com ferocidade.
E lá estavam. Os papéis coloridos haviam sido rasgados, e o que brilhava agora eram os polimentos dos aparelhos as suas frentes. O de Ethan brilhava escarlate, e o de Lyra era róseo. Dois aparelhos futurísticos e extremamente empolgantes. Eram Pokédex’s. Aparelhos digitais que forneciam e recolhiam dados dos pokémons encontrados e capturados. O sorriso e o brilho nos olhos dos jovens ali era bem eminentes.
— Quando passarem em Goldenrod, não esqueçam de ir a torre de rádio para agradecê-lo — Disse Elm.
— Claro! — Rebateram os dois.
— Bem...Creio que não falta mais nada, então... — Dizia Elm antes de ser interrompido.
Pelas enormes e transparentes portas de vidro do laboratório passou Alice, a mãe de Ethan. Ela vinha apressada e ofegante segurando algo na mão.
— Mãe? — Ethan estava surpreso.
— Acha que eu deixaria meu filho sair por aí com o cabelo bagunçado desse jeito? — Disse ela revelando o que segurava na mão, o boné de Ethan.
A bela senhora depositou o boné sobre o cabelo bagunçado do garoto, somente o topete teimava em sobressair. Todos riram e se dirigiram até a saída da cidade, onde a partida aconteceria. Ethan deu seu toque final o virando para trás.
— Ethan — falou Elm antes que Ethan partisse — Quero que você e Lyra vão visitar um velho amigo meu nos arredores de Cherrygrove, ele me pediu para que eu instruísse um dos treinadores iniciantes para ir até lá, parece que ele descobriu algo novo e quer compartilhar conosco.
— Tudo bem professor — Disse Ethan.
— Agora vá querido, se caminharem depressa poderão chegar ainda hoje em Cerrygrove — Falou a mãe de Ethan preocupada.
— Isso mesmo. Boa sorte Ethan. Se cuide Lyra — Se despediu Elm.
— Até mais! — Disseram Ethan e Lyra, acenando e indo em frente.
Os garotos não deixavam de olhar para trás, observando seus entes queridos emocionados e entristecidos com a partida. Era uma deriva de emoções e sentimentos que atravessava pelos corpos daqueles jovens treinadores, que agora fitavam o horizonte iluminado.
— Adeus New Bark! — falou Ethan olhando pela última vez para trás.
— Adeus...Cidade onde sopram os ventos do recomeço... — Disse Lyra.
New Bark havia ficado para trás, ainda podia ser visto os finos rolos de fumaças das casas de lá, mas fora isso, somente lembranças. Ethan e Lyra já tinham caminhado por algumas horas, conversaram sobre muita coisa e discutiram sobre quais pokémons pegariam. Por hora resolveram parar a beira da estrada, abaixo da refrescante sombra de uma árvore. A rota 29 era totalmente rodeada por árvores de porte médio, algumas gramíneas e arbustos também tomavam conta da vegetação. Um trecho a terra marcava o caminho que se devia seguir.
Em baixo da árvore, retiraram os pokémons da pokébola e serviram ração pokémon, em seguida tiraram alguns lanches, enquanto comiam conversavam...
— Acha mesmo que viajamos no tempo, para o futuro? — perguntava Lyra enquanto mordia uma fruta.
— Não tenho outra explicação...Mas se aquilo era o futuro... — Dizia Ethan preocupado.
— Talvez Celebi quisesse nos mostrar algo... — falou Lyra.
— Acha que podemos evitar aquele confronto? Lyra, são pokémons lendários, são extremamente fortes, nunca os tinha visto...Ainda mais duelando como inimigos mortais.
— O que devemos fazer?
— Vamos esperar, podemos descobrir algo em alguma cidade, ou...Meu pai! Ele trabalha com pokémons lendários, iremos até as ruínas, lá descobriremos alguma coisa!
— Certo! — Respondeu Lyra contente.
Depois de conversarem um pouco mais, continuaram a viagem. O trecho era relevado, as vezes alto, as vezes baixo. Ethan observava todo ao seu redor com olhos vivos e alertas, balançava a cabeça a procura de algo. Isso deixou Lyra um pouco confusa.
— O que está fazendo? Quero dizer, procurando?
— Um pokémon, oras! — respondeu ele eufórico.
— Um pokémon? Mas você tem sequer pokébolas? — indagou a menina.
Ethan parou bruscamente, meteu as mãos em sua mochila e procurava com fúria, começou a resmungar ao ver que não achava o que procurava.
— Droga! Nenhuma!
— Idiota... — riu Lyra.
— Espera aí! — Rebateu Ethan zangado — Quem você está chamando de idiota?
— Como um treinador sai em jornada sem pelo menos uma pokébola? — Dizia Lyra encarando Ethan com as mãos na cintura.
— Eu...Eu...Eu esqueci! — Gaguejou o garoto envergonhado.
— Que treinador pokémon você é, hein?
— Argrrr! Aposto que sou melhor que você! — retrucou Ethan em voz alterada.
— Duvido... — Caçoou Lyra, dando as costas para o garoto.
Ethan cerrou os punhos e trincou os dentes. Seu corpo se enrijeceu em fúria, enquanto Lyra seguia em frente dando risadinhas.
— Espera aí! Se acha que sou tão ruim treinador, por quê não batalhamos? — provocou Ethan.
— Batalhar? — Lyra virou-se para o amigo — Não seria justo! Só temos um pokémon cada, e o seu tem vantagem contra o meu!
— Então está com medo? — provocou Ethan, com um sorriso forçado.
— Humph! — bufou Lyra. A garota meteu a mão em sua bolsa e retirou uma pokébola, em seguida a arremessou para ao amigo — Toma!
— Hã? O que está querendo? — perguntou Ethan segurando a pokébola.
— Mostrar que não estou com medo! — revidou Lyra — vamos fazer outro tipo de duelo.
— Outro tipo? De duelo? — perguntou Ethan confuso enquanto coçava a cabeça.
— Isso mesmo! Uma competição, quem capturar um pokémon primeiro ganha! Temos até o fim do dia, quem chegar primeiro ao fim da rota 29 com um pokémon a mais ganha! — explicou Lyra.
— E por que você dita as regras? — perguntou o garoto chateado.
— Sou a mais velha — rebateu ela.
— Argh! — o garoto rosnou sem idéias para rebater — Tudo bem! Mas não pense que vou deixar você vencer por que é uma garota ou porque é minha amiga!
— OK! Vamos ver quem vence! Que comece o duelo! — Exclamou a garota adentrando a mata que rodeava a rota.
A partida havia começado. Ethan corria pela estrada acompanhado pelo seu pokémon de fogo. Seu sorriso estava estampado fortemente, o garoto estava confiante, eufórico, naquele momento o que ele mais queria era um novo pokémon.
— Vamos lá Cyndaquil! Vamos vencer essa!
— Cynda-quiiiil! — gritou o pokémon alegre.
Lyra preferiu adentrar a floresta. A garota era mais inteligente, dentro daquele corredor de árvores seria muito mais fácil encontrar um pokémon selvagem. Ela corria delicadamente ao lado da plantinha. A garota tinha uma face séria acompanhada de um sorriso de canto. Lyra não estava disposta a perder.
Ethan agora caminhava devagar...Ele não queria assustar os pokémons. A sua frente estavam algumas pegadas, pequeninas, eram de um pokémon de baixo porte. Ethan sacou sua pokédex, e analisou as pegadas. O aparelho desferiu um lazer vermelho que cobria as pegadas. “Pokémon encontrado” — disse a voz robótica do aparelho, sem seguida a foto de um Rattata cobriu a tela. Ethan riu confiante.
— Arrá! Então é um Rattata! Vamos Cyndaquil! Vamos pegar esse pokémon!
Ethan então acelerou o passo rumo as pegadas, o seu pokémon o escoltava com um pique alegre e animado.
Lyra era extremamente inteligente. Dentro da mata a garota colocava em prática tal qualidade. É difícil explicar como, mas num instante, usando gravetos e cipós, a garota havia criado uma caixa, que serviria de base para sua armadilha. Uma caixa, um graveto, cipó e ração pokémon. Era tudo que ela precisava.
A caixa era sustentada com a boca para baixo pelo graveto, que tinha amarrado em si um cipó, que era levado até Lyra. Em baixo da caixa alguns grãos de ração pokémon, na hora que algum pokémon fosse atraído para debaixo da caixa, bastaria que Lyra puxasse o cipó.
— Certo Chikorita! Não vai demorar para que possamos vencer o Ethan! — Riu a garota, escondida por trás de uma árvore.
O plano de Ethan também não foi muito ruim, depois de alguns minutos seguindo as pegadas do ratinho púrpuro, ele o havia encontrado comendo algumas frutas debaixo de uma árvore, perto da estrada. Um treinador iniciante poderia não saber que se deve enfraquecer o pokémon antes de jogar a pokébola, mas Ethan sabia. Ele saiu de sua posição defensiva e partiu para o ataque.
— Cyndaquil! Use o Smokescreen para confundi-lo e em seguida o Tackle!!! — ordenou Ethan apontando para o pokémon selvagem.
O Cyndaquil pulou a frente, sua boca se abriu emanando uma densa cortina de fumaça negra, que rodeou o ratinho. Rattata buscava uma saída, mas estava preso na prisão de fumaça. Acuado pelo golpe de Cyndaquil, o rato permanecia imóvel atento a qualquer movimento. O pokémon de fogo foi mais rápido e completou o movimento jogando o seu corpo contra o de Rattata, o rato foi arremessado contra a árvore atrás dele, o dano foi dobrado.
— Muito Bem Cyndaquil! — Comemorou Ethan pegando sua pokébola e a arremessando com destreza — Pokébola vai!
A esfera vermelha-prata dançava no ar até chegar no pokémon atordoado. Ao se chocar com o ratinho púrpuro, a bola se abriu e o pokémon aos poucos se materializou num raio rubro, até entrar na pokébola. A esfera se fechou e caiu no chão em movimento. Ia e vinha e movimentos curtos e velozes. Ethan estava ansioso.
— Vamos lá...Capture... — Murmurava ele intrigado.
A principio o garoto não teve muita sorte, a esfera se abriu bruscamente liberando o pokémon que parecia estar zangado agora. O ratinho virou as costas para o inimigo e ciscou o chão disparando rajadas de areia no Cyndaquil. O ratinho de fogo não sofreu dano, mas estava atordoado com a areia em seus olhos.
— Essa não! Sand Atack! — Concluiu Ethan.
O Ratatta havia se livrado do Cyndaquil, pelo menos por alguns instantes. Tempo suficiente para o pokémon fugir pela floresta.
— Droga! Essa foi por pouco! — praguejou o garoto.
Lyra ainda esperava por um pokémon para cair em sua armadilha, e não demorou muito para que a isca aparecesse. Era um pokémon felpudo, pelagem marrom e orelhas grandes. Se assemelhava a um esquilo, sua calda era coberta por uma densa camada de pelo, e em seu abdome, pelos mais claros formavam um círculo.
— Sentret! — Disse Lyra eufórica.
O pokémon se aproximou da armadilha, estava um pouco desconfiado, olhava cautelosamente para cada lado. Por último se sustentou em sua longa cauda, estendendo os limites de sua visão. “Aquele Sentret não é bobo...”, pensava Lyra.
Depois da observação o pokémon entrou debaixo da caixa e começou a se deliciar com a ração pokémon deixada por Lyra. A garota segurou o fio forte, e num movimento rápido o puxou.
— Agora! — Gritou ela saindo de seu esconderijo junto de Chikorita.
O pokémon estava confuso dentro daquela gaiola. Lyra era muito inteligente e pensou rapidamente no que deveria fazer.
— Chikorita! Tackle!!! — Ordenou Lyra.
A plantinha saltou fortemente jogando o seu corpo contra a gaiola onde o Sentret estava preso. A gaiola se quebrou com o choque e o Sentret foi arremessado ao chão, foi um golpe crítico.
— Muito bem Chikorita! É nossa chance! Razor Leaf!
Chikorita tinha movimentos graciosos, e em um deles girava sua folha com rapidez. É dificil explicar como acontecia, mas daquele movimento giratória eram desferidas dezenas de mais folhas que se assemelhavam a navalhas. Sentret já havia se recuperado golpe anterior, e dessa vez foi mais precavido ao perceber que fora desafiado. O esquilo se embrulhou na sua própria cauda, se transformando numa bola. As folhas o atingiam, mas eram rebatidas ao vento.
— Muito bom! Ele usou o Defense Curl!!!
Depois de evitar o golpe das folhas, Sentret se desfez do embrulho e partiu rumo a plantinha. Eram bem pequenas, mas aquele pokémon tinha garras bem afiadas, e ele estava prestes a mostrá-las num poderoso golpe Fury Swipes.
— Chikorita! Cuidado! — Gritou Lyra.
Mas o ataque do esquilo foi mais rápido e atingiu o pokémon de grama. Am bos os pokémons agora estavam distanciados, se encarando com uma face ameaçadora. Ofegantes e com dentes cerrados. Mas Chikorita dava um ara mais cansado. Aquela era sua primeira batalha, ela podia ter um Status mais alto, mas o Sentret ainda assim tinha um nível mais elevado.
— Mesmo depois de receber o Tackle, o Sentret não está fraco o suficiente para eu arremessar uma pokébola... — Pensava Lyra preocupada — Chikorita! Mais uma vez use o Razor Leaf!!!! — Gritou a garota.
Mesmo cansada, a platinha rodopiou sua folha disparando as folhas laminadas novamente. Mas se as folhas da Chikorita eram afiadas, as garras do Sentret eram mais ainda, e com mais um Fury Swipes, o Sentret cortava cada folha que vinha em sua direção, se livrando do golpe. Chikorita continuava a rodopiar sua folha, mas estava cansada e parou ainda mais ofegante. O Sentret se livrara de todos os golpes e desferiu mais uma vez o Fury Swipes, na plantinha que sofrera bastante dano, ao cair distante no campo de batalha.
— Chikorita não! — Gritou Lyra preocupada, mas antes que ela pudesse partir para ajudar, Chikorita se reergueu, ela estava determinada e mesmo cansada, ela não aceitaria perder.
— Seeennn-treeeet!!!! — O esquilinho grunhia valente, ele já se sentia vitorioso.
— Chikorita...Espera! — Gritou Lya surpresa ao observar Chikorita. Algo estava diferente, de baixo da folha de sua cabeça, estava depositado uma espécie de pó, purpuro cintilante. Lyra tinha certeza do que era. — É isso! Chikorita adquiriu experiência e aprendeu um novo golpe!
— Chikôooo! — A plantinha estava determinada.
— Chikorita! Vamos vencer essa! Poison Powder!
A plantinha rodopiou sua folha, dessa vez com movimentos mais sutis, e um fino pó roxo e cintilante envolveu o Sentret que observava confuso. Não demorou para que o esquilo sentisse o efeito do veneno. Sua vista já estava embaçada e seus pés cambaleavam.
— Ahhhhay! — Gritava Lyra contente— Cute !Cute! Cute! Muito bom Chikorita! Vamos pegar nosso primeiro parceiro! — Num movimento que mais se parecia com passos de balé, Lyra arremessou a pokébola rumo ao esquilinho, que adentrou na forma de um flash de luz. A pokébola cambaleou um pouco, mas em um nível baixo, e ainda envenenado, capturá-lo seria fácil. A pokébola tremeu por alguns instantes, mas um som agudo indicou o sucesso da captura.
Lyra correu para pegar a pokébola, e logo depois foi em direção da Chikorita. Ela abraçou a parceira contente.
— Você foi demais! — Dizia ela, e Chikorita grunhia contente.
Depois daquela batalha, ambas observavam o sol que agora estava meio alaranjado, o crepúsculo tomava o céu, e indicava o principio da noite. O que lembrou Lyra da competição.
— Vamos nessa! Se o Ethan tiver chegado ao fim da rota com mais pokémons ele ganha! Ahh não! Não posso deixar que isso aconteça!
A garota corria ofegante rumo ao fim da rota que levava a cidade de Cherrygrove. Ela estava nervosa, não queria perder sua primeira batalha, ou melhor dizendo, duelo, para Ethan. Ela já estava perto do final. A trilha áspera de terra voltou a aparecer, rodeada de árvores de médio porte. O sol ficava cada vez mais fraco e os pokémons se recolhiam às suas tocas. Chikorita corria ao lado da garota, mas estava cansada demais para continuar. Lyra então a colocou dentro da pokébola.
Lyra havia chegado no final, mas havia tido uma decepção, pelo menos a principio. Ela avistou Ethan sentado no alto do vale, no fim da rota 29. Ele estava sentado com pernas cruzadas e o Cyndaquil repousava em seu colo. Lyra fez bico, ela imaginava a derrota. Ela se aproximou cautelosa, e viu que o garoto estava emburrado.
— O que aconteceu? — perguntou Lyra.
— Droga! — disparou o garoto — Como um Ratatta pode ser tão esperto?!
— Hihihi — Lyra riu baixo, mas ela estava escondendo uma enorme gargalhada — Não conseguiu capturar é?
— Do que você tá rindo?! O Sand Atack foi bem eficaz contra o Cyndaquil! — Retrucou ele chateado.
— “Ahhá”!!! — Gritou ela saltitando — Então eu venci! — Por último ela mostrou a pokébola em que o seu novo parceiro residia.
— Não acredito! Como assim?! Você pegou um pokémon?! — Ethan estava pasmo, ele estava chateado por não ter pego nenhum, mas ele acreditava que Lyra também não seria capaz.
— Claro que sim! Não fique agindo desse jeito! — Disse ela encarando o garoto — Não sou uma idiota!
— Eu sei! — Disse Ethan cruzando os braços — Espera! Tá me chamando de idiota?!
— Eu nem queria...Mas as vezes você força! — Disse a garota jogando a pokébola do Sentret ao ar — Veja!
Depois de se abrir, o raio luminoso fugiu da bola dando origem ao esquilinho que agora grunhia contente. Mas ele ainda parecia abalado, e fazia algumas caretas ao cambalear.
— Ele não parece bem... — Disse Ethan ao examinar o pokémon.
— Tem razão — Disse Lyra o colocando no colo — Chikorita usou o Poison Powder, temos que chegar ao centro.
— Você tem sorte de estarmos a dois minutos da cidade.
— Então vamos nessa! — Disse a garota correndo rumo às luzes da cidade.
O sol desapareceu por completo, e a lua aparecia tímida na forma de um arco luminoso. As estrelas enfeitavam o céu, e o silêncio tomava conta da floresta. As vezes batidas de asas de Zubats, e piados soturnos de Hoothoots ecoavam. Lyra e Ethan agora só avistavam as luzes fracas das casas da cidadezinha...A cidade estava extremamente calma. Mas não seria assim no dia seguinte.
CONTINUA...
O dia amanhecia claro. Soprava uma leve brisa fazendo com que as folhas balançassem suavemente ao som da melodia do bater de asas de Ledybas e piados de Pidgeys. No céu o sol jazia solitário, sem nem sequer uma simples nuvem. A tempestade do dia anterior era somente lembrança.
Na casa de Lyra, a garota terminava de se arrumar. Se desfez do pijama e vestiu a roupa de antes, agora limpa e perfumada. Se fitava no espelho, e por último depositou a boina branca sobre os cabelos amarrados em maria-chiquinha.
— Finalmente vamos partir em jornada! — disse a garota saltitando.
Chikorita estava em cima da cama, preguiçosa, bocejava enquanto observava a treinadora se adornando. Depois de arrumar-se, Lyra organizou sua bolsa de viajem, poções, pokébolas, comida, ração para pokémons...Tudo que ela iria precisar e mais um pouco.
— Acho que já está tudo pronto!
— Chikô! — Grunhia a plantinha, agora saltando da cama e animada.
— Vamos nessa! — Falou Lyra, suspirando e observando o quarto.
Lyra ia demorar a voltar alí, por isso fazia toda aquela cerimônia. Mais um suspiro e a garota saiu de porta a fora acompanhada de Chikorita, que dançava com a cabeça balançando sua folha e emanando um perfume adocicado e apaixonante.
A alguns quarteirões dali, estava Ethan. O garoto já havia vestido sua roupa, e a mochila já estava o esperando na sala junto de sua mãe.
— Vamos lá amigão, nossa aventura começa agora! — Disse Ethan ao acariciar o Cyndaquil em cima da escrivaninha.
Antes de sair o garoto abriu cautelosamente uma das gavetas observando sua volta. Dentro dela tinham algumas guloseimas escondidas, afinal sua mãe não o deixaria levá-las.
— Não conte para mamãe! Ok? — Disse ele para o pokémon desferindo um enorme sorriso.
— Quiiiil!i — O pokémon balançou a cabeça e demonstrou alegria.
Ambos correram pelo quarto até o deixarem vazio. Desceram as escadas num vulto e mais rápido ainda estavam na sala, onde Alice, a mãe de Ethan os aguardava.
Ao Ver o cabelo extremamente bagunçado do garoto a mãe fez um gesto de reprovação, mas riu em seguida.
— Vou sentir saudades — disse ela abraçando o filho — já está tudo pronto na sua mochila, não esqueça de comer nas horas certas, e nem preciso dizer para escovar os dentes. Certo mocinho?
— Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem! — Disse Ethan desferindo o enorme sorriso de sempre.
— Seu pai me disse a mesma coisa quando partiu, mas isso só me deixou mais preocupada.
— Vou ligar sempre que puder, prometo.
— Tudo bem — a mulher deu um beijo na testa do garoto, e ambos se abraçaram por um longo instante — Se cuide querido....
— Vou me cuidar, se cuida também...
Alice tinha seus olhos umedecidos e tristonhos, a despedida do filho a corroía por dentro, ela tentou disfarçar, mas era em vão, o choro já estava evidente.
— Boa sorte querido... — Ela disse soluçando.
— Vou ser o melhor mamãe. Em breve estarei de volta, mais forte e com muito mais amigos!
— Adeus Ethan, Adeus Cyndaquil, cuide bem dele... — Ela disse por último.
— Quiiiil! — grunhiu o pokémon, fazendo “sim” com a cabeça.
— Adeus mãe...
O garoto acenou pela última vez, e atravessou a porta devagar. Depois daquela despedida difícil, o garoto acelerou os passos dentro de seus tênis velhos. Ethan combinou de se encontrar com Lyra em frente ao laboratório do professor Elm, e o garoto corria rápido para lá. A cidade estava alegre, e o vento soprava refrescante. As pequenas ruas da cidade iam sendo deixadas para trás, Ethan fitava tudo cautelosamente, sentiria saudade da cidade natal e dos amigos, pelo menos Lyra iria com ele.
Depois de alguns minutos correndo o garoto estava em frente ao laboratório. Sem avistar Lyra, ele entrou. Ainda de longe avistou Lyra abraçada ao tio. Era a despedida dos dois. Ethan se aproximou e saldou a todos. Sem demorar o professor se dirigiu a gaveta e pegou dois embrulhos.
— São presentes que o velho Oak deixou para vocês — disse Elm os entregando.
— Demais! — disseram ambos abrindo os embrulhos com ferocidade.
E lá estavam. Os papéis coloridos haviam sido rasgados, e o que brilhava agora eram os polimentos dos aparelhos as suas frentes. O de Ethan brilhava escarlate, e o de Lyra era róseo. Dois aparelhos futurísticos e extremamente empolgantes. Eram Pokédex’s. Aparelhos digitais que forneciam e recolhiam dados dos pokémons encontrados e capturados. O sorriso e o brilho nos olhos dos jovens ali era bem eminentes.
— Quando passarem em Goldenrod, não esqueçam de ir a torre de rádio para agradecê-lo — Disse Elm.
— Claro! — Rebateram os dois.
— Bem...Creio que não falta mais nada, então... — Dizia Elm antes de ser interrompido.
Pelas enormes e transparentes portas de vidro do laboratório passou Alice, a mãe de Ethan. Ela vinha apressada e ofegante segurando algo na mão.
— Mãe? — Ethan estava surpreso.
— Acha que eu deixaria meu filho sair por aí com o cabelo bagunçado desse jeito? — Disse ela revelando o que segurava na mão, o boné de Ethan.
A bela senhora depositou o boné sobre o cabelo bagunçado do garoto, somente o topete teimava em sobressair. Todos riram e se dirigiram até a saída da cidade, onde a partida aconteceria. Ethan deu seu toque final o virando para trás.
— Ethan — falou Elm antes que Ethan partisse — Quero que você e Lyra vão visitar um velho amigo meu nos arredores de Cherrygrove, ele me pediu para que eu instruísse um dos treinadores iniciantes para ir até lá, parece que ele descobriu algo novo e quer compartilhar conosco.
— Tudo bem professor — Disse Ethan.
— Agora vá querido, se caminharem depressa poderão chegar ainda hoje em Cerrygrove — Falou a mãe de Ethan preocupada.
— Isso mesmo. Boa sorte Ethan. Se cuide Lyra — Se despediu Elm.
— Até mais! — Disseram Ethan e Lyra, acenando e indo em frente.
Os garotos não deixavam de olhar para trás, observando seus entes queridos emocionados e entristecidos com a partida. Era uma deriva de emoções e sentimentos que atravessava pelos corpos daqueles jovens treinadores, que agora fitavam o horizonte iluminado.
— Adeus New Bark! — falou Ethan olhando pela última vez para trás.
— Adeus...Cidade onde sopram os ventos do recomeço... — Disse Lyra.
New Bark havia ficado para trás, ainda podia ser visto os finos rolos de fumaças das casas de lá, mas fora isso, somente lembranças. Ethan e Lyra já tinham caminhado por algumas horas, conversaram sobre muita coisa e discutiram sobre quais pokémons pegariam. Por hora resolveram parar a beira da estrada, abaixo da refrescante sombra de uma árvore. A rota 29 era totalmente rodeada por árvores de porte médio, algumas gramíneas e arbustos também tomavam conta da vegetação. Um trecho a terra marcava o caminho que se devia seguir.
Em baixo da árvore, retiraram os pokémons da pokébola e serviram ração pokémon, em seguida tiraram alguns lanches, enquanto comiam conversavam...
— Acha mesmo que viajamos no tempo, para o futuro? — perguntava Lyra enquanto mordia uma fruta.
— Não tenho outra explicação...Mas se aquilo era o futuro... — Dizia Ethan preocupado.
— Talvez Celebi quisesse nos mostrar algo... — falou Lyra.
— Acha que podemos evitar aquele confronto? Lyra, são pokémons lendários, são extremamente fortes, nunca os tinha visto...Ainda mais duelando como inimigos mortais.
— O que devemos fazer?
— Vamos esperar, podemos descobrir algo em alguma cidade, ou...Meu pai! Ele trabalha com pokémons lendários, iremos até as ruínas, lá descobriremos alguma coisa!
— Certo! — Respondeu Lyra contente.
Depois de conversarem um pouco mais, continuaram a viagem. O trecho era relevado, as vezes alto, as vezes baixo. Ethan observava todo ao seu redor com olhos vivos e alertas, balançava a cabeça a procura de algo. Isso deixou Lyra um pouco confusa.
— O que está fazendo? Quero dizer, procurando?
— Um pokémon, oras! — respondeu ele eufórico.
— Um pokémon? Mas você tem sequer pokébolas? — indagou a menina.
Ethan parou bruscamente, meteu as mãos em sua mochila e procurava com fúria, começou a resmungar ao ver que não achava o que procurava.
— Droga! Nenhuma!
— Idiota... — riu Lyra.
— Espera aí! — Rebateu Ethan zangado — Quem você está chamando de idiota?
— Como um treinador sai em jornada sem pelo menos uma pokébola? — Dizia Lyra encarando Ethan com as mãos na cintura.
— Eu...Eu...Eu esqueci! — Gaguejou o garoto envergonhado.
— Que treinador pokémon você é, hein?
— Argrrr! Aposto que sou melhor que você! — retrucou Ethan em voz alterada.
— Duvido... — Caçoou Lyra, dando as costas para o garoto.
Ethan cerrou os punhos e trincou os dentes. Seu corpo se enrijeceu em fúria, enquanto Lyra seguia em frente dando risadinhas.
— Espera aí! Se acha que sou tão ruim treinador, por quê não batalhamos? — provocou Ethan.
— Batalhar? — Lyra virou-se para o amigo — Não seria justo! Só temos um pokémon cada, e o seu tem vantagem contra o meu!
— Então está com medo? — provocou Ethan, com um sorriso forçado.
— Humph! — bufou Lyra. A garota meteu a mão em sua bolsa e retirou uma pokébola, em seguida a arremessou para ao amigo — Toma!
— Hã? O que está querendo? — perguntou Ethan segurando a pokébola.
— Mostrar que não estou com medo! — revidou Lyra — vamos fazer outro tipo de duelo.
— Outro tipo? De duelo? — perguntou Ethan confuso enquanto coçava a cabeça.
— Isso mesmo! Uma competição, quem capturar um pokémon primeiro ganha! Temos até o fim do dia, quem chegar primeiro ao fim da rota 29 com um pokémon a mais ganha! — explicou Lyra.
— E por que você dita as regras? — perguntou o garoto chateado.
— Sou a mais velha — rebateu ela.
— Argh! — o garoto rosnou sem idéias para rebater — Tudo bem! Mas não pense que vou deixar você vencer por que é uma garota ou porque é minha amiga!
— OK! Vamos ver quem vence! Que comece o duelo! — Exclamou a garota adentrando a mata que rodeava a rota.
A partida havia começado. Ethan corria pela estrada acompanhado pelo seu pokémon de fogo. Seu sorriso estava estampado fortemente, o garoto estava confiante, eufórico, naquele momento o que ele mais queria era um novo pokémon.
— Vamos lá Cyndaquil! Vamos vencer essa!
— Cynda-quiiiil! — gritou o pokémon alegre.
Lyra preferiu adentrar a floresta. A garota era mais inteligente, dentro daquele corredor de árvores seria muito mais fácil encontrar um pokémon selvagem. Ela corria delicadamente ao lado da plantinha. A garota tinha uma face séria acompanhada de um sorriso de canto. Lyra não estava disposta a perder.
Ethan agora caminhava devagar...Ele não queria assustar os pokémons. A sua frente estavam algumas pegadas, pequeninas, eram de um pokémon de baixo porte. Ethan sacou sua pokédex, e analisou as pegadas. O aparelho desferiu um lazer vermelho que cobria as pegadas. “Pokémon encontrado” — disse a voz robótica do aparelho, sem seguida a foto de um Rattata cobriu a tela. Ethan riu confiante.
— Arrá! Então é um Rattata! Vamos Cyndaquil! Vamos pegar esse pokémon!
Ethan então acelerou o passo rumo as pegadas, o seu pokémon o escoltava com um pique alegre e animado.
Lyra era extremamente inteligente. Dentro da mata a garota colocava em prática tal qualidade. É difícil explicar como, mas num instante, usando gravetos e cipós, a garota havia criado uma caixa, que serviria de base para sua armadilha. Uma caixa, um graveto, cipó e ração pokémon. Era tudo que ela precisava.
A caixa era sustentada com a boca para baixo pelo graveto, que tinha amarrado em si um cipó, que era levado até Lyra. Em baixo da caixa alguns grãos de ração pokémon, na hora que algum pokémon fosse atraído para debaixo da caixa, bastaria que Lyra puxasse o cipó.
— Certo Chikorita! Não vai demorar para que possamos vencer o Ethan! — Riu a garota, escondida por trás de uma árvore.
O plano de Ethan também não foi muito ruim, depois de alguns minutos seguindo as pegadas do ratinho púrpuro, ele o havia encontrado comendo algumas frutas debaixo de uma árvore, perto da estrada. Um treinador iniciante poderia não saber que se deve enfraquecer o pokémon antes de jogar a pokébola, mas Ethan sabia. Ele saiu de sua posição defensiva e partiu para o ataque.
— Cyndaquil! Use o Smokescreen para confundi-lo e em seguida o Tackle!!! — ordenou Ethan apontando para o pokémon selvagem.
O Cyndaquil pulou a frente, sua boca se abriu emanando uma densa cortina de fumaça negra, que rodeou o ratinho. Rattata buscava uma saída, mas estava preso na prisão de fumaça. Acuado pelo golpe de Cyndaquil, o rato permanecia imóvel atento a qualquer movimento. O pokémon de fogo foi mais rápido e completou o movimento jogando o seu corpo contra o de Rattata, o rato foi arremessado contra a árvore atrás dele, o dano foi dobrado.
— Muito Bem Cyndaquil! — Comemorou Ethan pegando sua pokébola e a arremessando com destreza — Pokébola vai!
A esfera vermelha-prata dançava no ar até chegar no pokémon atordoado. Ao se chocar com o ratinho púrpuro, a bola se abriu e o pokémon aos poucos se materializou num raio rubro, até entrar na pokébola. A esfera se fechou e caiu no chão em movimento. Ia e vinha e movimentos curtos e velozes. Ethan estava ansioso.
— Vamos lá...Capture... — Murmurava ele intrigado.
A principio o garoto não teve muita sorte, a esfera se abriu bruscamente liberando o pokémon que parecia estar zangado agora. O ratinho virou as costas para o inimigo e ciscou o chão disparando rajadas de areia no Cyndaquil. O ratinho de fogo não sofreu dano, mas estava atordoado com a areia em seus olhos.
— Essa não! Sand Atack! — Concluiu Ethan.
O Ratatta havia se livrado do Cyndaquil, pelo menos por alguns instantes. Tempo suficiente para o pokémon fugir pela floresta.
— Droga! Essa foi por pouco! — praguejou o garoto.
Lyra ainda esperava por um pokémon para cair em sua armadilha, e não demorou muito para que a isca aparecesse. Era um pokémon felpudo, pelagem marrom e orelhas grandes. Se assemelhava a um esquilo, sua calda era coberta por uma densa camada de pelo, e em seu abdome, pelos mais claros formavam um círculo.
— Sentret! — Disse Lyra eufórica.
O pokémon se aproximou da armadilha, estava um pouco desconfiado, olhava cautelosamente para cada lado. Por último se sustentou em sua longa cauda, estendendo os limites de sua visão. “Aquele Sentret não é bobo...”, pensava Lyra.
Depois da observação o pokémon entrou debaixo da caixa e começou a se deliciar com a ração pokémon deixada por Lyra. A garota segurou o fio forte, e num movimento rápido o puxou.
— Agora! — Gritou ela saindo de seu esconderijo junto de Chikorita.
O pokémon estava confuso dentro daquela gaiola. Lyra era muito inteligente e pensou rapidamente no que deveria fazer.
— Chikorita! Tackle!!! — Ordenou Lyra.
A plantinha saltou fortemente jogando o seu corpo contra a gaiola onde o Sentret estava preso. A gaiola se quebrou com o choque e o Sentret foi arremessado ao chão, foi um golpe crítico.
— Muito bem Chikorita! É nossa chance! Razor Leaf!
Chikorita tinha movimentos graciosos, e em um deles girava sua folha com rapidez. É dificil explicar como acontecia, mas daquele movimento giratória eram desferidas dezenas de mais folhas que se assemelhavam a navalhas. Sentret já havia se recuperado golpe anterior, e dessa vez foi mais precavido ao perceber que fora desafiado. O esquilo se embrulhou na sua própria cauda, se transformando numa bola. As folhas o atingiam, mas eram rebatidas ao vento.
— Muito bom! Ele usou o Defense Curl!!!
Depois de evitar o golpe das folhas, Sentret se desfez do embrulho e partiu rumo a plantinha. Eram bem pequenas, mas aquele pokémon tinha garras bem afiadas, e ele estava prestes a mostrá-las num poderoso golpe Fury Swipes.
— Chikorita! Cuidado! — Gritou Lyra.
Mas o ataque do esquilo foi mais rápido e atingiu o pokémon de grama. Am bos os pokémons agora estavam distanciados, se encarando com uma face ameaçadora. Ofegantes e com dentes cerrados. Mas Chikorita dava um ara mais cansado. Aquela era sua primeira batalha, ela podia ter um Status mais alto, mas o Sentret ainda assim tinha um nível mais elevado.
— Mesmo depois de receber o Tackle, o Sentret não está fraco o suficiente para eu arremessar uma pokébola... — Pensava Lyra preocupada — Chikorita! Mais uma vez use o Razor Leaf!!!! — Gritou a garota.
Mesmo cansada, a platinha rodopiou sua folha disparando as folhas laminadas novamente. Mas se as folhas da Chikorita eram afiadas, as garras do Sentret eram mais ainda, e com mais um Fury Swipes, o Sentret cortava cada folha que vinha em sua direção, se livrando do golpe. Chikorita continuava a rodopiar sua folha, mas estava cansada e parou ainda mais ofegante. O Sentret se livrara de todos os golpes e desferiu mais uma vez o Fury Swipes, na plantinha que sofrera bastante dano, ao cair distante no campo de batalha.
— Chikorita não! — Gritou Lyra preocupada, mas antes que ela pudesse partir para ajudar, Chikorita se reergueu, ela estava determinada e mesmo cansada, ela não aceitaria perder.
— Seeennn-treeeet!!!! — O esquilinho grunhia valente, ele já se sentia vitorioso.
— Chikorita...Espera! — Gritou Lya surpresa ao observar Chikorita. Algo estava diferente, de baixo da folha de sua cabeça, estava depositado uma espécie de pó, purpuro cintilante. Lyra tinha certeza do que era. — É isso! Chikorita adquiriu experiência e aprendeu um novo golpe!
— Chikôooo! — A plantinha estava determinada.
— Chikorita! Vamos vencer essa! Poison Powder!
A plantinha rodopiou sua folha, dessa vez com movimentos mais sutis, e um fino pó roxo e cintilante envolveu o Sentret que observava confuso. Não demorou para que o esquilo sentisse o efeito do veneno. Sua vista já estava embaçada e seus pés cambaleavam.
— Ahhhhay! — Gritava Lyra contente— Cute !Cute! Cute! Muito bom Chikorita! Vamos pegar nosso primeiro parceiro! — Num movimento que mais se parecia com passos de balé, Lyra arremessou a pokébola rumo ao esquilinho, que adentrou na forma de um flash de luz. A pokébola cambaleou um pouco, mas em um nível baixo, e ainda envenenado, capturá-lo seria fácil. A pokébola tremeu por alguns instantes, mas um som agudo indicou o sucesso da captura.
Lyra correu para pegar a pokébola, e logo depois foi em direção da Chikorita. Ela abraçou a parceira contente.
— Você foi demais! — Dizia ela, e Chikorita grunhia contente.
Depois daquela batalha, ambas observavam o sol que agora estava meio alaranjado, o crepúsculo tomava o céu, e indicava o principio da noite. O que lembrou Lyra da competição.
— Vamos nessa! Se o Ethan tiver chegado ao fim da rota com mais pokémons ele ganha! Ahh não! Não posso deixar que isso aconteça!
A garota corria ofegante rumo ao fim da rota que levava a cidade de Cherrygrove. Ela estava nervosa, não queria perder sua primeira batalha, ou melhor dizendo, duelo, para Ethan. Ela já estava perto do final. A trilha áspera de terra voltou a aparecer, rodeada de árvores de médio porte. O sol ficava cada vez mais fraco e os pokémons se recolhiam às suas tocas. Chikorita corria ao lado da garota, mas estava cansada demais para continuar. Lyra então a colocou dentro da pokébola.
Lyra havia chegado no final, mas havia tido uma decepção, pelo menos a principio. Ela avistou Ethan sentado no alto do vale, no fim da rota 29. Ele estava sentado com pernas cruzadas e o Cyndaquil repousava em seu colo. Lyra fez bico, ela imaginava a derrota. Ela se aproximou cautelosa, e viu que o garoto estava emburrado.
— O que aconteceu? — perguntou Lyra.
— Droga! — disparou o garoto — Como um Ratatta pode ser tão esperto?!
— Hihihi — Lyra riu baixo, mas ela estava escondendo uma enorme gargalhada — Não conseguiu capturar é?
— Do que você tá rindo?! O Sand Atack foi bem eficaz contra o Cyndaquil! — Retrucou ele chateado.
— “Ahhá”!!! — Gritou ela saltitando — Então eu venci! — Por último ela mostrou a pokébola em que o seu novo parceiro residia.
— Não acredito! Como assim?! Você pegou um pokémon?! — Ethan estava pasmo, ele estava chateado por não ter pego nenhum, mas ele acreditava que Lyra também não seria capaz.
— Claro que sim! Não fique agindo desse jeito! — Disse ela encarando o garoto — Não sou uma idiota!
— Eu sei! — Disse Ethan cruzando os braços — Espera! Tá me chamando de idiota?!
— Eu nem queria...Mas as vezes você força! — Disse a garota jogando a pokébola do Sentret ao ar — Veja!
Depois de se abrir, o raio luminoso fugiu da bola dando origem ao esquilinho que agora grunhia contente. Mas ele ainda parecia abalado, e fazia algumas caretas ao cambalear.
— Ele não parece bem... — Disse Ethan ao examinar o pokémon.
— Tem razão — Disse Lyra o colocando no colo — Chikorita usou o Poison Powder, temos que chegar ao centro.
— Você tem sorte de estarmos a dois minutos da cidade.
— Então vamos nessa! — Disse a garota correndo rumo às luzes da cidade.
O sol desapareceu por completo, e a lua aparecia tímida na forma de um arco luminoso. As estrelas enfeitavam o céu, e o silêncio tomava conta da floresta. As vezes batidas de asas de Zubats, e piados soturnos de Hoothoots ecoavam. Lyra e Ethan agora só avistavam as luzes fracas das casas da cidadezinha...A cidade estava extremamente calma. Mas não seria assim no dia seguinte.
CONTINUA...
jhoto- Treinador Iniciante
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Data de inscrição : 14/02/2012
PokeRules :
Ficha do Personagem
Pokémons:
Mochila:
Dinheiro: 700
Capítulo 4 - O contest surpresa e a missão de Ethan!
O dia já havia amanhecido mais uma vez. Ethan continuava a dormir num dos confortáveis sofás vermelhos de camurça do Centro Pokémon de Cherrygrove. Lyra já estava acordada, a beira do balcão. A garota esperava pela enfermeira Joy que havia recebido seu Sentret envenenado na noite passada. A garota se dirigiu até uma das longas janelas de vidro polido, olhando cautelosamente para o exterior. Ela fitou admirada para uma das dezenas de árvores cerejeiras que enfeitavam a cidade. Tinha um tronco alto e retorcido, mas tinha uma delicadeza sem igual em cada uma de suas folhas róseas. A garota abriu a janela, e uma brisa adocicada penetrou em seu olfato.
— A cidadeque exala a fragrância das flores... — Susurrou ela.
Lyra juntou suas delicadas mãos e fechou os olhos. E abriu sua boca delicadamente emanando uma canção ainda mais doce que o aroma daquelas árvores.
“ E quando amanhacer, o vento vai soprar
Os brotos da primavera, irão desabrochar
Posso sentir seu coração, batendo mais forte
Ao meu lado a cantar...”
Era uma voz extremamente melódica e delicada. Soava como uma música jamais vista. A garota repetiu aquele verso algumas vezes, até que parou. Ela observava mais uma vez a árvore, perdida em devaneios.
— Você canta muito bem — Soou uma voz vinda do balcão. Lyra se assutou um pouco e demonstrou vergonha ao ver a bela enfermeira de cabelos róseos.
— Obrigado, mas eu só estava meio desligada... — Disse Lyra sem graça — Como está o Sentret?
— Não deve se preocupar com veneno Pokémon — Explicou a enfermeira — Eles não são tão perigos e são rapidamente desfeitos no organismo, o máximo que pode acontecer é um nocauteio instantâneo, nada grave é claro, exceto se ele receber o veneno em estado frágil. Na dúvida tenha sempre um antídoto com você. — Por último a jovem enfermeira entregou a pokébola para Lyra.
— Obrigado Enfermeira Joy.
“TRIM...TRIM...TRIM...”
O pokégear de Ethan apitava chamando a atenção de todos, o garoto se remecheu um pouco tentando se livrar do barulho, mas acordou ao cair do sofá. Os que estavam acordados riram. O garoto levantou sem jeito e cobriu o cabelo bagunçado com o boné. E então atendeu o aparelho. Na tela de cristal, o professor Elm deu as caras.
— Oh Ethan! Desculpe se liguei cedo demais, mas vocês já estão em Cherrygrove? — Perguntou o professor.
— Você ligou de madrugada! — Falou o garoto se espreguiçando — Lyra, é o seu tio!
— Ah é mesmo?! — A garota correu alegre para junto do amigo — Tio! Não sei por que não ligou pra mim! Oito da manhã ainda é de madrugada pro Ethan!
— Sinto muito querida. Como estão afinal? Sua mãe tem estado bem preocupada Ethan — Disse Elm sorridente.
— Estamos bem! — Responderam os dois — E eu capturei um novo pokémon! — Gabou-se Lyra.
— Nossa! Isso é bom! E você Ethan, já pegou algum? — Falava Elm animado.
— Peguei vários... — Disse Ethan — O problema é pegar e eles ficarem na pokébola...
—He..he.. — O professor riu sem graça — Como eu disse, já chegaram em Cherrygrove?
— Chegamos ontem a noite ainda! — Disse Lyra.
— Pois bem, quero que vão até a casa do Senhor Pokémon, fica depois de Cherrygrove, nos arredores da rota 30 e peguem uma coisa com ele. É como eu expliquei pra vocês antes de partirem.
— Certo! — Disseram os dois.
— Bem, é só isso. Não demorem tanto, o Senhor Pokémon vai viajar no final da tarde, então não esqueçam de chegar lá antes disso. — Adverteu Elm.
— Não vamos demorar, quer dizer, no caminho podemos parar para capturar pokémons né? — Disse Ethan.
— Claro que sim Ethan, bem...Boa sorte garotos, espero que tenham sucesso em suas carreiras, você Ethan como treinador, e você Lyra como coordenadora. — Concluiu Elm, antes de se despedir e desligar a ligação.
— Desculpem me intrometer... — Disse a enfermeira se aproximando — Mas você, — Disse ela se referindo a Lyra — quer ser uma Top Coordenadora não é?
— Uhum... — Lyra respondeu com a cabeça.
— Então deve estar um pouco desinformada... — Continuou a enfermeira.
— Do que está falando? — Perguntou Lyra confusa.
— Hoje é um dia especial para Cherrygrove. Pela primeira vez na história teremos um contest oficial, e será hoje! — Explicou ela.
Lyra entrou em estado de choque. A garota nunca tinha imaginado algo daquele jeito, ela só esperava um contest mais adiante, em Azalea. Ela deu um salto, e andou para um lado e para o outro.
— Mas calma! — Disse a enfermeira — O contest só começa ao meio dia, e ainda faltam 4 horas até lá, e você tem muita sorte, por que as inscrições acabam em uma hora!
— Ihh...Essa não! — Disse Ethan.
Lyra se moveu rápido, ela se inscriveu no grande festival, e Ethan aproveitou para se cadastrar na liga, foi tudo bem rápido. Depois de toda aquela burocracia, ambos foram para fora do Centro Pokémon. O sol brilhava ainda mais forte do que no dia anterior, porém algumas nuvens jaziam ao longe. Uma brisa fraca passava pelo ar, e o calor não diminuia. Lyra estava suada, não pelo calor, mas de nervosismo. A garota se sentou num banquinho de madeira, abaixo de uma daquelas belas árvores cheirosas.
— Estou perdida, nem sequer pratiquei movimentos! — Reclamava ela.
— Lyra... — Disse Ethan tristonho — Não vou poder ficar pro seu Contest.
— Como assim? Vai me abandonar numa hora como essa? Que tipo de amigo você é? — Disse a garota com olhos umedecidos.
— Esqueceu do que o professor falou!? Tenho que ir até o Senhor Pokémon! — Disse o garoto — Se eu não for, ele vai viajar, e eu não quero decepcionar seu tio.
Lyra virou a cara, e algumas lágrimas deceram de seu rosto. Etha se sentou ao seu lado e enxugou algumas lágrimas.
— Lyra...Você é forte. Mais do que eu! — Dizia Ethan tentando consolar a amiga — Você sempre lutou nas horas dificeis, até brigava com o Greg! E olha que ele era um o maior garoto da escola! — As ultimas palavras de Ethan, fizeram surgir um leve sorriso no rosto da garota.
Lyra abraçou Ethan com força. As mãos do garoto dançavam no ar, ele não sabia o que fazer...Seus rosto corou em instantes e sua boca estava aberta em choque.
— Me prometa! — Disse Lyra — Amanhã é a segunda fase, se eu passar hoje...Quero que prometa que vai estar na arquibancada torcendo por mim.
—Eu...Eu... — Ethan então abraçou a amiga, com força. Em seguida olhou em seus olhos úmidos e continuou — Eu prometo!
Ambos uniram seus dedos mindinhos, um gesto comum entre promessas de amigos. Lyra enxugou as lágrimas e riu. Ethan se levantou e correu rumo à saída da cidade.
— Não vá perder! — Gritou ele.
— Huh? — Lyra ficou confusa.
— Se você perder na primeira fase, como vou poder cumprir minha promessa? — Gritou ele.
— Ethan... — Murmurou a garota vendo o garoto desaparecendo no horizonte da cidade — Eu não vou perder...prometo.
Lyra se levantou firme enxugando as lágrimas que outrora banhavam seus olhos. Ela olhou para o horizonte, e o sorriso de Ethan passou por sua mente.
— Ee não posso perder! Não posso!
Ethan atravessava toda a cidadezinha com pressa, já tinha deixado todas as casas para trás, excecto uma a sua frente, bem menor que as outras, mas toques delicados e alegres. Ethan resolveu parar, só agora percebera que sua garrafa d’água estava vazia. Ele bateu na porta delicadamente até ser recebido por um velho senhor. Ele era mais baixo que o garoto, e tinha uma longa barba branca que chamava bem atenção, já que o velho era careca.
— Oh, olá senhor! — Disse o garoto simpático — Eu só queria lhe pedir um pouco de água.
— Sim meu jovem, entre.
O garoto entrou, e fitou o lugar com cautela, sua atenção foi desviada a alguns quadros na parede. Tinha um jovem rapaz acompanhado de um Typhlosion, nas fotos.
— Aquele é o senhor? — perguntou Ethan.
— Era — Respondeu o velho enquanto enchia a garrafa de Ethan — Eu participei da liga a vários anos atrás, mas infelizmente não consegui conquistar a vitória.
— Hum...Mas pela aparência de seu pokémon, voccê era um ótimo treinador!
— Digamos que sim. E você meu jovem, pra onde está indo?
— Tenho que ir a casa do Sr. Pokémon, e rápido. Tenho que pegaar algo importante com ele e em seguida voltar para assistir o Contest de uma amiga.
— Vai ser uma missão bem dificil...
— Vou ter que ser rápido. A próposito, obrigado pela água, mas agora eu tenho que ir — Falou Ethan se despedindo.
— Espere — Disse o velho recolhendo uma caixa numa mesinha velha de canto — Quero que fique com isso, agora são mais importantes pra você do que pra mim.
O velho abriu a caixa xautelosamente e de dentro tirou um par de tenis. Eles brilhavam de tão polidos, eram vermelhos com listras brancas. No canto havia um emblema escrito “Running Shoes”. O velho entregou-os para Ethan que ficou meio surpreso com a atitude do velhinho.
— São sapatos bem rápidos, com eles vai poder cumprir sua missão com mais facilidade... — Disse o velhinho.
— Não sei como agradecer...Muito obrigado mesmo! — Falou Ethan contente.
— Agora vá! Não quero que se atrase... — Riu o velho.
— Obrigado!
Ethan então se desfez dos sapatos velhos e gastos e colocou os novos, que agora o deixava ainda mais elegante. Ele acenou para o velho e partiu.
A mudança era incrível, aqueles sapatos pareciam deslizar no chão. Ethan corria com uma velocidade incrível, sentindo a brisa cada vez mais forte a bater no seu rosto, ele ria contente, mas parou bruscamente ao se lembrar de uma coisa.
— Tsc...Eu nem perguntei o nome daquele senhor...E por alguma razão ele também não perguntou o meu...Era como se ele me conhecesse. — Pensava Ethan confuso.
O tempo passava rápido, o Contest logo se iniciaria e Lyra treinava algunns movimentos de improviso junto de Chikorita e Sentret.
— Sei que não treinamos muito, mas nós temos que dar nosso melhor! — Falava a garota encorajando os parceiros, que grunhiam contentes em resposta. — Sentret, parece que você está mais habituado a batalhas, deste modo usarei você na segunda fase.
— Eeeet! — Saltava o pokémon enquanto desferia golpes no ar.
— Chikorita, nos vamos nos apresentar primeiro. O razor leaf, e o poison powder, são nossas cartas. Vamos treinar!
— Chikôo!
O treinamento então se seguiu. O sentret desferia poderosos golpes no tronco de uma árvore, enquanto Chikorita ensaiava junto de Lyra movimentos dançantes e encantadores. Lyra estava nervosa, mas a garota treinava perseverantemente, ela realmente não queria perder.
Faltavam cerca de trinta minutos para o inicio do Contest, e por último Lyra passsou no centro pokémon. Seus pokémons já estavam com a Joy, não demorou muito para que ela se dirigisse ao balcão para recebê-los de volta.
— Obrigado enfermeira Joy! — Agradeceu a garota.
— Não há de quê. E não se preocupe, como é o primeiro contest de Cherrygrove, não temos muitos treinadores experientes por aqui. Tenho certeza de que se dará bem.
— Obrigado, novamente. — Disse Lyra antes de partir.
Ethan continuava a correr freneticamente. De vez em quando apareciam pokémons selvagens em seu caminho. Ele tinha vontade capturá-los, mas ele só os vencia rapidamente com a ajuda do Cyndaquil e partia rumo ao seu destino com pressa.
Os foguetes se espalhaavam pelo céu de Cherrygrove. Balões e confetes agitavam a frente do prédio onde seria realizado o Contest. Era um prédio arredondado e com uma grande abertura circular no teto. Lyra estava impressionada... E nervosa também.
A garota entrou e se dirigiu para a sala de espera, onde os demais treinadores se preparavam. Lyra estava sentada, mãos trêmulas e suadas. Chikorita estava ao seu lado, e se afagava na perna da garota. A hora finalmente havia chegado.
A apresentadora surgiu no palco no formato de pokébola, era uma bela garota de longos cabelos azulados, e uma roupa branca. Seu nome era Millene, e era conhecida por ser uma top coordenadora.
— É um imenso prazer poder apresentar o primeiro concurso de Cherrygrove! Meu nome é Millene, e que o Contest começe! — Gritava ela num tom alegre.
Em seguida ela apresentou os jurados. O Sr. Contester, presidente do comitê internacional dos grande torneios. O Sr.. Sukiso, líder dos fansclubes pokémon espalhados pelo mundo, e também a graciosa enfermeira Joy.
O torneio começou. Pela ordem, Lyra seria a quarta a se apresentar. Na sua frente estava um habilidoso groto que se apresentou com um Ledyba. Também se apresentaram duas garotas, uma com Psyduck e outra com Ratatta. Eles se apresentaram de forma incrível, dando enfâse ao trabalho do parceiro pokémon. Lyra estava impressionada com aquilo tudo.
A vez da garota havia chegado. Millene já havia apresentado a participante. Lyra entrou no palco cabisbaixa, mas Chikorita por outro lado causava a ovação da platéia com toda sua graça e com sua folha que refletia com beleza os raios de sol que entravam pela abertura no teto.
— Certo, se vamos fazer isso...Faremos de uma formaa espetacular! — Gritou Lyra.
A garota mudou seu semblante inesperadamente assumindo uma face sorridente e elegante. Fazia movimentos dançantes e o público gritava eufórico.
— Chikorita! It’s Showtime! — Gritou ela.
Chikorita tomou o palco balançando sua enorme folha, Lyra estava orgulhosa de ver a postura da parceira.
— Agora Poison Powder!!! — Ordenou Lyra.
Chikorita obedeceu, ela se apoiou firmente em suas patinhas e começou a balançar a sua folha para a esquerda e direita, aos poucos a folha liberava um pó púrpuro e cintilante por todo o ar, de perto seria bem perigoso, mas aos olhos distantes era um movimento muito bonito.
— Muito bem Chikorita! Use o Razor Leaf agora!
Ainda com o pó púrpuro dançando no ar, a Chikorita rodopiou sua folha liberando centenas de folhas que agora junto daquela poeira brilhante rodeavam seu corpo com beleza e sutileza, com aquele movimento, a platéia foi ao delírio.
— Incrível! Ataques opostos garantiram a beleza da performance! — Falou o Sr. Contester.
— Fabuloso! — Aplaudia o Sr. Sukiso.
— Com alegria e companheirismo, a dupla mostrou o melhor de uma combinação de movimentos! — Concluiu a enfermeira Joy.
Lyra estava emocionada, se abaixou e recebeu a plantinha num salto em seu colo. Se abraçaram transmitindo um calor intenso, o calor da amizade. Lyra se retirou do palco feliz, ela sabia que tinha feito um bom trabalho.
— Isso! — Comemorava Ethan distante dali.
O garoto acabara de vencer mais um pokémon selvagem com ajuda de cyndaquil, dessa vez, um sentret. Afagou o amigo depois da vitória e começou a correr novamente. O sol já começava a baixar, brilhando tímido sobre as nuvens alaranjadas. A brisa outrora quente, estava morna e logo estaria fria. Ethan estava atrasado. Mas o garoto logo avistou uma casinha ao longe. Era pequena e robusta, com cores fortes. Os finos rolos de fumaça vindos da chaminé indicavam a presença de alguém.
O garoto correu mais rapido, e chegou até a porta ofegante e cançado. Ele respirou fundo recuperando o fôlego perdido na viagem apressada. Ele ficou na frente da porta parado por alguns instantes. O joven treinador percebeu a fadiga de seu parceiro, Cyndaquil, e depois de agradecê-lo pela ajuda o colocou dentro da pokébola. Ethan se assustou ao ver sair pela porta um homem. Ele vestia um enorme sobre-tudo preto, e seus olhos eram escondidos por um longo chapéu breu, e ocúlos redondos e grandes. Ele fitou Ethan e desferiu um belo sorriso, acompanhando de um suspiro aliviado.
— Você deve ser o Ethan — disse o homem retirando algo da grande bolsa que ele segurava — Bem, eu sou...Todos me chamam de Sr. Pokémon, ganhei esse nome depois de algumas pesquisas.
Era realmente grande o que o homem tirou da bolsa, mas Ethan ainda não sabia o que era. Era uma plataforma redonda de metal, assemelhada a um prato, rodeada de uma tampa de vidro cilindrica, que com aquele sol ofuscante do crepúsculo, não permitia avista o que havia lá dentro. Ethan se apresentou, e ambos comentaram sobre o proessor Elm. O tal Sr. Pokémon, parecia apressado, reparou no seu relógio, e se aproximou ainda mais de Ethan.
— Quero que fique com isso! — Disse o senhor entregando o objeto a Ethan, que recebera confuso.
O garoto atravessou os olhos sobre o vidro transparente e arregalou os olhos em tremenda surpresa. O que havia dentro era um ovo, tinha mais ou menos um vinte e cinco centímetros e era decorado com coloridos triangulos sem pontas.
— Um Ovo pokémon! — Gritou Ethan surpreso.
— Eu o achei recentemente, infelizmente sou um homem muito ocupado e não tenho tempo para cuidar disso, e ainda mais quando nascer. Bebês pokémon são trabalhosos — Dizia o Sr. Pokémon —, e mais, segundo minhas pesquisas um ovo eclode mais rápido perto do calor de um treinador.
— Vou cuidar dele! E prometo que farei dele um pokémon bem forte! — Disse Ethan agarrado ao suporte do ovo.
— Eu confio em você Ethan. Assim como seu pai confiou em mim... — Disse o senhor afagando a cabeça de Ethan.
— Como assim? — perguntou Ethan confuso.
— Deixaremos nossa converssa para depois — retrucou o Sr. Pokémon — Agora teenho que me apressar, tenho assuntos para resolver em Hoenn.
— Certo... — murmurou o garoto insatisfeito — Então só tenho a desejar-lhe uma boa viagem.
— Obrigado. Charizard vai! — Disse o Sr. Pokémon desferindo uma pokébola ao ar.
De dentro da pequena pokébola surgiu um enorme dragão bronzeado. Tinha um semblante assustador, e sua pele quieimava como a chama na ponta de seu rabo. Tinha asas incomensuráveis e chifres pouco pontiagudos. O Sr. Pokémon subiu noo enorme pokémon e acenou pela última vez. Num só bater de asas o dragão de fogo rasgou os céus e voou rumo ao horizonte. Ethan achou aquilo tudo esplêndido. O garoto acariciava o ovo, fitando com carinho e afeto.
— Vou cuidar direitinho de você, e espera só até a Lyra ver...Ela vai morrer de inveja.
Enquanto isso na cidade de Cherrygrove, os coordenadores participantes do contest estavam todos no palco, virados para o telão que mostraria os classificados para a fase final. A garota estava ansiosa e seus olhos nem piscavam. Millene, a apresentadora adentrou o palco e estava prestes a anunciar os classificados.
— Muito bem! Depois de uma calorosa tarde de belissímas apresentações, chegou a hora de apresentar os classificados da rodada! — Dizia Millene com poses graciosas e sua voz melódica — Olhem para o telão.
Aos poucos as fotos de alguns treinadores foram aparecendo, mas Lyra só procurava pela foto dela. Ele cerrou os punhos ,nervosa, e dentre as três últimas fotos, a sua apareceu. A garota suspirou aliviada e já enxugava as lágrimas que nem chegaram a cair. Ele olhou para abertura no teto, e viu o céu agora banhado por estrelas, o dia finalmente chegado ao fim.
— Ethan...Eu disse que não iria perder. Agora por favor...Cumpra sua promessa. — Murmurou a garota com as mãos juntas e cruzadas.
Ethan agora corria com toda a sua velocidade, a segunda fase do contest aconteceria ao amanhacer e ele teria de correr toda a noite. Mas a noite é traiçoeira e também perigosa para jovens treinadores. Estava muito escuro e não demorou para que Ethan tropeçasse e fosse arremessado ao chão. O garoto gemeu e afagou o braço arranhado, ele levantou devagar e suspirou. Ethan estava muito cançado. O garoto fitou seu caminho, mas só encontrava o breu acompanhado de barulhos soturnos. Ethan tremeu ao ver o que estava na sua frente, dois enormes orbes vermelhos cintilando exclusivamente na escuridão. Podia ser um enorme pokémon, furioso por terem atrapalhado seu sono. Ethan levantou e observou aquele enorme olhos que subiam ao céu, dando impressão de um pokémon gigantesco.
— Essa não! Essa não! O que é isso!? — Dizia o garoto atrapalhado.
Foi um dia intenso e de muitas surpresas. Agora Lyra estava mais alegre e confiante por ter vencido a primeira fase do contest, mas enquanto isso Ethan estava em apuros com o desconhecido. O vento pairava frio e assombroso, novos desafios e surpresas aguardam Ethan e Lyra, é só esperar para ver...
CONTINUA...
— A cidadeque exala a fragrância das flores... — Susurrou ela.
Lyra juntou suas delicadas mãos e fechou os olhos. E abriu sua boca delicadamente emanando uma canção ainda mais doce que o aroma daquelas árvores.
“ E quando amanhacer, o vento vai soprar
Os brotos da primavera, irão desabrochar
Posso sentir seu coração, batendo mais forte
Ao meu lado a cantar...”
Era uma voz extremamente melódica e delicada. Soava como uma música jamais vista. A garota repetiu aquele verso algumas vezes, até que parou. Ela observava mais uma vez a árvore, perdida em devaneios.
— Você canta muito bem — Soou uma voz vinda do balcão. Lyra se assutou um pouco e demonstrou vergonha ao ver a bela enfermeira de cabelos róseos.
— Obrigado, mas eu só estava meio desligada... — Disse Lyra sem graça — Como está o Sentret?
— Não deve se preocupar com veneno Pokémon — Explicou a enfermeira — Eles não são tão perigos e são rapidamente desfeitos no organismo, o máximo que pode acontecer é um nocauteio instantâneo, nada grave é claro, exceto se ele receber o veneno em estado frágil. Na dúvida tenha sempre um antídoto com você. — Por último a jovem enfermeira entregou a pokébola para Lyra.
— Obrigado Enfermeira Joy.
“TRIM...TRIM...TRIM...”
O pokégear de Ethan apitava chamando a atenção de todos, o garoto se remecheu um pouco tentando se livrar do barulho, mas acordou ao cair do sofá. Os que estavam acordados riram. O garoto levantou sem jeito e cobriu o cabelo bagunçado com o boné. E então atendeu o aparelho. Na tela de cristal, o professor Elm deu as caras.
— Oh Ethan! Desculpe se liguei cedo demais, mas vocês já estão em Cherrygrove? — Perguntou o professor.
— Você ligou de madrugada! — Falou o garoto se espreguiçando — Lyra, é o seu tio!
— Ah é mesmo?! — A garota correu alegre para junto do amigo — Tio! Não sei por que não ligou pra mim! Oito da manhã ainda é de madrugada pro Ethan!
— Sinto muito querida. Como estão afinal? Sua mãe tem estado bem preocupada Ethan — Disse Elm sorridente.
— Estamos bem! — Responderam os dois — E eu capturei um novo pokémon! — Gabou-se Lyra.
— Nossa! Isso é bom! E você Ethan, já pegou algum? — Falava Elm animado.
— Peguei vários... — Disse Ethan — O problema é pegar e eles ficarem na pokébola...
—He..he.. — O professor riu sem graça — Como eu disse, já chegaram em Cherrygrove?
— Chegamos ontem a noite ainda! — Disse Lyra.
— Pois bem, quero que vão até a casa do Senhor Pokémon, fica depois de Cherrygrove, nos arredores da rota 30 e peguem uma coisa com ele. É como eu expliquei pra vocês antes de partirem.
— Certo! — Disseram os dois.
— Bem, é só isso. Não demorem tanto, o Senhor Pokémon vai viajar no final da tarde, então não esqueçam de chegar lá antes disso. — Adverteu Elm.
— Não vamos demorar, quer dizer, no caminho podemos parar para capturar pokémons né? — Disse Ethan.
— Claro que sim Ethan, bem...Boa sorte garotos, espero que tenham sucesso em suas carreiras, você Ethan como treinador, e você Lyra como coordenadora. — Concluiu Elm, antes de se despedir e desligar a ligação.
— Desculpem me intrometer... — Disse a enfermeira se aproximando — Mas você, — Disse ela se referindo a Lyra — quer ser uma Top Coordenadora não é?
— Uhum... — Lyra respondeu com a cabeça.
— Então deve estar um pouco desinformada... — Continuou a enfermeira.
— Do que está falando? — Perguntou Lyra confusa.
— Hoje é um dia especial para Cherrygrove. Pela primeira vez na história teremos um contest oficial, e será hoje! — Explicou ela.
Lyra entrou em estado de choque. A garota nunca tinha imaginado algo daquele jeito, ela só esperava um contest mais adiante, em Azalea. Ela deu um salto, e andou para um lado e para o outro.
— Mas calma! — Disse a enfermeira — O contest só começa ao meio dia, e ainda faltam 4 horas até lá, e você tem muita sorte, por que as inscrições acabam em uma hora!
— Ihh...Essa não! — Disse Ethan.
Lyra se moveu rápido, ela se inscriveu no grande festival, e Ethan aproveitou para se cadastrar na liga, foi tudo bem rápido. Depois de toda aquela burocracia, ambos foram para fora do Centro Pokémon. O sol brilhava ainda mais forte do que no dia anterior, porém algumas nuvens jaziam ao longe. Uma brisa fraca passava pelo ar, e o calor não diminuia. Lyra estava suada, não pelo calor, mas de nervosismo. A garota se sentou num banquinho de madeira, abaixo de uma daquelas belas árvores cheirosas.
— Estou perdida, nem sequer pratiquei movimentos! — Reclamava ela.
— Lyra... — Disse Ethan tristonho — Não vou poder ficar pro seu Contest.
— Como assim? Vai me abandonar numa hora como essa? Que tipo de amigo você é? — Disse a garota com olhos umedecidos.
— Esqueceu do que o professor falou!? Tenho que ir até o Senhor Pokémon! — Disse o garoto — Se eu não for, ele vai viajar, e eu não quero decepcionar seu tio.
Lyra virou a cara, e algumas lágrimas deceram de seu rosto. Etha se sentou ao seu lado e enxugou algumas lágrimas.
— Lyra...Você é forte. Mais do que eu! — Dizia Ethan tentando consolar a amiga — Você sempre lutou nas horas dificeis, até brigava com o Greg! E olha que ele era um o maior garoto da escola! — As ultimas palavras de Ethan, fizeram surgir um leve sorriso no rosto da garota.
Lyra abraçou Ethan com força. As mãos do garoto dançavam no ar, ele não sabia o que fazer...Seus rosto corou em instantes e sua boca estava aberta em choque.
— Me prometa! — Disse Lyra — Amanhã é a segunda fase, se eu passar hoje...Quero que prometa que vai estar na arquibancada torcendo por mim.
—Eu...Eu... — Ethan então abraçou a amiga, com força. Em seguida olhou em seus olhos úmidos e continuou — Eu prometo!
Ambos uniram seus dedos mindinhos, um gesto comum entre promessas de amigos. Lyra enxugou as lágrimas e riu. Ethan se levantou e correu rumo à saída da cidade.
— Não vá perder! — Gritou ele.
— Huh? — Lyra ficou confusa.
— Se você perder na primeira fase, como vou poder cumprir minha promessa? — Gritou ele.
— Ethan... — Murmurou a garota vendo o garoto desaparecendo no horizonte da cidade — Eu não vou perder...prometo.
Lyra se levantou firme enxugando as lágrimas que outrora banhavam seus olhos. Ela olhou para o horizonte, e o sorriso de Ethan passou por sua mente.
— Ee não posso perder! Não posso!
Ethan atravessava toda a cidadezinha com pressa, já tinha deixado todas as casas para trás, excecto uma a sua frente, bem menor que as outras, mas toques delicados e alegres. Ethan resolveu parar, só agora percebera que sua garrafa d’água estava vazia. Ele bateu na porta delicadamente até ser recebido por um velho senhor. Ele era mais baixo que o garoto, e tinha uma longa barba branca que chamava bem atenção, já que o velho era careca.
— Oh, olá senhor! — Disse o garoto simpático — Eu só queria lhe pedir um pouco de água.
— Sim meu jovem, entre.
O garoto entrou, e fitou o lugar com cautela, sua atenção foi desviada a alguns quadros na parede. Tinha um jovem rapaz acompanhado de um Typhlosion, nas fotos.
— Aquele é o senhor? — perguntou Ethan.
— Era — Respondeu o velho enquanto enchia a garrafa de Ethan — Eu participei da liga a vários anos atrás, mas infelizmente não consegui conquistar a vitória.
— Hum...Mas pela aparência de seu pokémon, voccê era um ótimo treinador!
— Digamos que sim. E você meu jovem, pra onde está indo?
— Tenho que ir a casa do Sr. Pokémon, e rápido. Tenho que pegaar algo importante com ele e em seguida voltar para assistir o Contest de uma amiga.
— Vai ser uma missão bem dificil...
— Vou ter que ser rápido. A próposito, obrigado pela água, mas agora eu tenho que ir — Falou Ethan se despedindo.
— Espere — Disse o velho recolhendo uma caixa numa mesinha velha de canto — Quero que fique com isso, agora são mais importantes pra você do que pra mim.
O velho abriu a caixa xautelosamente e de dentro tirou um par de tenis. Eles brilhavam de tão polidos, eram vermelhos com listras brancas. No canto havia um emblema escrito “Running Shoes”. O velho entregou-os para Ethan que ficou meio surpreso com a atitude do velhinho.
— São sapatos bem rápidos, com eles vai poder cumprir sua missão com mais facilidade... — Disse o velhinho.
— Não sei como agradecer...Muito obrigado mesmo! — Falou Ethan contente.
— Agora vá! Não quero que se atrase... — Riu o velho.
— Obrigado!
Ethan então se desfez dos sapatos velhos e gastos e colocou os novos, que agora o deixava ainda mais elegante. Ele acenou para o velho e partiu.
A mudança era incrível, aqueles sapatos pareciam deslizar no chão. Ethan corria com uma velocidade incrível, sentindo a brisa cada vez mais forte a bater no seu rosto, ele ria contente, mas parou bruscamente ao se lembrar de uma coisa.
— Tsc...Eu nem perguntei o nome daquele senhor...E por alguma razão ele também não perguntou o meu...Era como se ele me conhecesse. — Pensava Ethan confuso.
O tempo passava rápido, o Contest logo se iniciaria e Lyra treinava algunns movimentos de improviso junto de Chikorita e Sentret.
— Sei que não treinamos muito, mas nós temos que dar nosso melhor! — Falava a garota encorajando os parceiros, que grunhiam contentes em resposta. — Sentret, parece que você está mais habituado a batalhas, deste modo usarei você na segunda fase.
— Eeeet! — Saltava o pokémon enquanto desferia golpes no ar.
— Chikorita, nos vamos nos apresentar primeiro. O razor leaf, e o poison powder, são nossas cartas. Vamos treinar!
— Chikôo!
O treinamento então se seguiu. O sentret desferia poderosos golpes no tronco de uma árvore, enquanto Chikorita ensaiava junto de Lyra movimentos dançantes e encantadores. Lyra estava nervosa, mas a garota treinava perseverantemente, ela realmente não queria perder.
Faltavam cerca de trinta minutos para o inicio do Contest, e por último Lyra passsou no centro pokémon. Seus pokémons já estavam com a Joy, não demorou muito para que ela se dirigisse ao balcão para recebê-los de volta.
— Obrigado enfermeira Joy! — Agradeceu a garota.
— Não há de quê. E não se preocupe, como é o primeiro contest de Cherrygrove, não temos muitos treinadores experientes por aqui. Tenho certeza de que se dará bem.
— Obrigado, novamente. — Disse Lyra antes de partir.
Ethan continuava a correr freneticamente. De vez em quando apareciam pokémons selvagens em seu caminho. Ele tinha vontade capturá-los, mas ele só os vencia rapidamente com a ajuda do Cyndaquil e partia rumo ao seu destino com pressa.
Os foguetes se espalhaavam pelo céu de Cherrygrove. Balões e confetes agitavam a frente do prédio onde seria realizado o Contest. Era um prédio arredondado e com uma grande abertura circular no teto. Lyra estava impressionada... E nervosa também.
A garota entrou e se dirigiu para a sala de espera, onde os demais treinadores se preparavam. Lyra estava sentada, mãos trêmulas e suadas. Chikorita estava ao seu lado, e se afagava na perna da garota. A hora finalmente havia chegado.
A apresentadora surgiu no palco no formato de pokébola, era uma bela garota de longos cabelos azulados, e uma roupa branca. Seu nome era Millene, e era conhecida por ser uma top coordenadora.
— É um imenso prazer poder apresentar o primeiro concurso de Cherrygrove! Meu nome é Millene, e que o Contest começe! — Gritava ela num tom alegre.
Em seguida ela apresentou os jurados. O Sr. Contester, presidente do comitê internacional dos grande torneios. O Sr.. Sukiso, líder dos fansclubes pokémon espalhados pelo mundo, e também a graciosa enfermeira Joy.
O torneio começou. Pela ordem, Lyra seria a quarta a se apresentar. Na sua frente estava um habilidoso groto que se apresentou com um Ledyba. Também se apresentaram duas garotas, uma com Psyduck e outra com Ratatta. Eles se apresentaram de forma incrível, dando enfâse ao trabalho do parceiro pokémon. Lyra estava impressionada com aquilo tudo.
A vez da garota havia chegado. Millene já havia apresentado a participante. Lyra entrou no palco cabisbaixa, mas Chikorita por outro lado causava a ovação da platéia com toda sua graça e com sua folha que refletia com beleza os raios de sol que entravam pela abertura no teto.
— Certo, se vamos fazer isso...Faremos de uma formaa espetacular! — Gritou Lyra.
A garota mudou seu semblante inesperadamente assumindo uma face sorridente e elegante. Fazia movimentos dançantes e o público gritava eufórico.
— Chikorita! It’s Showtime! — Gritou ela.
Chikorita tomou o palco balançando sua enorme folha, Lyra estava orgulhosa de ver a postura da parceira.
— Agora Poison Powder!!! — Ordenou Lyra.
Chikorita obedeceu, ela se apoiou firmente em suas patinhas e começou a balançar a sua folha para a esquerda e direita, aos poucos a folha liberava um pó púrpuro e cintilante por todo o ar, de perto seria bem perigoso, mas aos olhos distantes era um movimento muito bonito.
— Muito bem Chikorita! Use o Razor Leaf agora!
Ainda com o pó púrpuro dançando no ar, a Chikorita rodopiou sua folha liberando centenas de folhas que agora junto daquela poeira brilhante rodeavam seu corpo com beleza e sutileza, com aquele movimento, a platéia foi ao delírio.
— Incrível! Ataques opostos garantiram a beleza da performance! — Falou o Sr. Contester.
— Fabuloso! — Aplaudia o Sr. Sukiso.
— Com alegria e companheirismo, a dupla mostrou o melhor de uma combinação de movimentos! — Concluiu a enfermeira Joy.
Lyra estava emocionada, se abaixou e recebeu a plantinha num salto em seu colo. Se abraçaram transmitindo um calor intenso, o calor da amizade. Lyra se retirou do palco feliz, ela sabia que tinha feito um bom trabalho.
— Isso! — Comemorava Ethan distante dali.
O garoto acabara de vencer mais um pokémon selvagem com ajuda de cyndaquil, dessa vez, um sentret. Afagou o amigo depois da vitória e começou a correr novamente. O sol já começava a baixar, brilhando tímido sobre as nuvens alaranjadas. A brisa outrora quente, estava morna e logo estaria fria. Ethan estava atrasado. Mas o garoto logo avistou uma casinha ao longe. Era pequena e robusta, com cores fortes. Os finos rolos de fumaça vindos da chaminé indicavam a presença de alguém.
O garoto correu mais rapido, e chegou até a porta ofegante e cançado. Ele respirou fundo recuperando o fôlego perdido na viagem apressada. Ele ficou na frente da porta parado por alguns instantes. O joven treinador percebeu a fadiga de seu parceiro, Cyndaquil, e depois de agradecê-lo pela ajuda o colocou dentro da pokébola. Ethan se assustou ao ver sair pela porta um homem. Ele vestia um enorme sobre-tudo preto, e seus olhos eram escondidos por um longo chapéu breu, e ocúlos redondos e grandes. Ele fitou Ethan e desferiu um belo sorriso, acompanhando de um suspiro aliviado.
— Você deve ser o Ethan — disse o homem retirando algo da grande bolsa que ele segurava — Bem, eu sou...Todos me chamam de Sr. Pokémon, ganhei esse nome depois de algumas pesquisas.
Era realmente grande o que o homem tirou da bolsa, mas Ethan ainda não sabia o que era. Era uma plataforma redonda de metal, assemelhada a um prato, rodeada de uma tampa de vidro cilindrica, que com aquele sol ofuscante do crepúsculo, não permitia avista o que havia lá dentro. Ethan se apresentou, e ambos comentaram sobre o proessor Elm. O tal Sr. Pokémon, parecia apressado, reparou no seu relógio, e se aproximou ainda mais de Ethan.
— Quero que fique com isso! — Disse o senhor entregando o objeto a Ethan, que recebera confuso.
O garoto atravessou os olhos sobre o vidro transparente e arregalou os olhos em tremenda surpresa. O que havia dentro era um ovo, tinha mais ou menos um vinte e cinco centímetros e era decorado com coloridos triangulos sem pontas.
— Um Ovo pokémon! — Gritou Ethan surpreso.
— Eu o achei recentemente, infelizmente sou um homem muito ocupado e não tenho tempo para cuidar disso, e ainda mais quando nascer. Bebês pokémon são trabalhosos — Dizia o Sr. Pokémon —, e mais, segundo minhas pesquisas um ovo eclode mais rápido perto do calor de um treinador.
— Vou cuidar dele! E prometo que farei dele um pokémon bem forte! — Disse Ethan agarrado ao suporte do ovo.
— Eu confio em você Ethan. Assim como seu pai confiou em mim... — Disse o senhor afagando a cabeça de Ethan.
— Como assim? — perguntou Ethan confuso.
— Deixaremos nossa converssa para depois — retrucou o Sr. Pokémon — Agora teenho que me apressar, tenho assuntos para resolver em Hoenn.
— Certo... — murmurou o garoto insatisfeito — Então só tenho a desejar-lhe uma boa viagem.
— Obrigado. Charizard vai! — Disse o Sr. Pokémon desferindo uma pokébola ao ar.
De dentro da pequena pokébola surgiu um enorme dragão bronzeado. Tinha um semblante assustador, e sua pele quieimava como a chama na ponta de seu rabo. Tinha asas incomensuráveis e chifres pouco pontiagudos. O Sr. Pokémon subiu noo enorme pokémon e acenou pela última vez. Num só bater de asas o dragão de fogo rasgou os céus e voou rumo ao horizonte. Ethan achou aquilo tudo esplêndido. O garoto acariciava o ovo, fitando com carinho e afeto.
— Vou cuidar direitinho de você, e espera só até a Lyra ver...Ela vai morrer de inveja.
Enquanto isso na cidade de Cherrygrove, os coordenadores participantes do contest estavam todos no palco, virados para o telão que mostraria os classificados para a fase final. A garota estava ansiosa e seus olhos nem piscavam. Millene, a apresentadora adentrou o palco e estava prestes a anunciar os classificados.
— Muito bem! Depois de uma calorosa tarde de belissímas apresentações, chegou a hora de apresentar os classificados da rodada! — Dizia Millene com poses graciosas e sua voz melódica — Olhem para o telão.
Aos poucos as fotos de alguns treinadores foram aparecendo, mas Lyra só procurava pela foto dela. Ele cerrou os punhos ,nervosa, e dentre as três últimas fotos, a sua apareceu. A garota suspirou aliviada e já enxugava as lágrimas que nem chegaram a cair. Ele olhou para abertura no teto, e viu o céu agora banhado por estrelas, o dia finalmente chegado ao fim.
— Ethan...Eu disse que não iria perder. Agora por favor...Cumpra sua promessa. — Murmurou a garota com as mãos juntas e cruzadas.
Ethan agora corria com toda a sua velocidade, a segunda fase do contest aconteceria ao amanhacer e ele teria de correr toda a noite. Mas a noite é traiçoeira e também perigosa para jovens treinadores. Estava muito escuro e não demorou para que Ethan tropeçasse e fosse arremessado ao chão. O garoto gemeu e afagou o braço arranhado, ele levantou devagar e suspirou. Ethan estava muito cançado. O garoto fitou seu caminho, mas só encontrava o breu acompanhado de barulhos soturnos. Ethan tremeu ao ver o que estava na sua frente, dois enormes orbes vermelhos cintilando exclusivamente na escuridão. Podia ser um enorme pokémon, furioso por terem atrapalhado seu sono. Ethan levantou e observou aquele enorme olhos que subiam ao céu, dando impressão de um pokémon gigantesco.
— Essa não! Essa não! O que é isso!? — Dizia o garoto atrapalhado.
Foi um dia intenso e de muitas surpresas. Agora Lyra estava mais alegre e confiante por ter vencido a primeira fase do contest, mas enquanto isso Ethan estava em apuros com o desconhecido. O vento pairava frio e assombroso, novos desafios e surpresas aguardam Ethan e Lyra, é só esperar para ver...
CONTINUA...
jhoto- Treinador Iniciante
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