[FanFic] A Vampire Soul

Unai mal acordou, pegou uma caneta, seu diário e escreveu:

“Olá, me chamo Unai... (Ai que apresentação mais estranha) e vou lhe nomear de “Bloody”

Pode parecer estranho um garoto ter um diário, ainda mais um de 15 anos... Mas para mim não é, eu preciso disso.

Então Bloody, cheguei ontem de mudança e hoje vai ser meu primeiro de aula nessa cidade... Ainda não sei se vou me acostumar a estudar de noite e muito menos acordar cedo para fazer coisas aqui em casa. Minha camisa branca favorita sumiu, acho que perdi na mudança, que pena.
Vou me arrumar e terminar o roteiro do que eu vou fazer na escola e depois ir para o escritório do meu pai.

Por enquanto é só... Adiós.

Segunda-feira, dia 17”

Estava ocorrendo uma grande correria no novo escritório do Senhor Antônio, na delegacia da cidade. A porta de acesso do local se abriu lentamente, quebrando o ritmo do local.

- Ei garoto, você é Unai certo? – Um homem abordou Unai, logo na porta – Filho do Sr. Antonio?
- Sim, sou. – Unai disse com uma voz tímida
- Ele está te esperando, ali. – O homem apontou para uma porta onde estava escrito “Antônio – Chefe Policial”.
- Obrigado – Agradeceu, com um sorriso no rosto

Unai se aproximava cuidadosamente da sala de seu Pai, desviando de cada “obstáculo” que aparecia. No caminho quase fora acertado por pilhas de papel, canetas e outros objetos. Logo chegou à sala de seu pai, abrindo a porta.

- Unai?! – Antônio exclamou de sua mesa, que estava cheia de papéis – Venha cá.

Unai se aproximou da mesa de seu pai, colocou sua mochila no chão, puxou uma cadeira e se sentou.

- Pensei que você ia chegar mais tarde... – Antônio disse escrevendo coisas em diversos papéis
- É que quero chegar um pouco mais cedo na escola hoje... Procurar orientações e essas coisas. – Unai disse tentando olhar nos olhos de seu pai

Um homem chegou, colocou alguns papéis e algumas fotos em cima da mesa e se retirou. Unai só observava.

- Ótimo filho... – Antônio pegou as fotos e começou a observar uma por uma
- Pai... – Unai foi interrompido por um homem que trouxe uma pilha de papéis e colocou sobre a mesa – Pai...?!
- Diga filho, diga... – Antônio disse pegando um dos papéis sobre a mesa
- Aquela mulher, Maria e o...
- O...? Quem filho?
- Lucas. Eles ainda...?

Unai iria dizer algo, mas foi interrompido novamente. Lucas, o garoto que Unai citou, entrou na sala. Era um rapaz magro, tinha 20 anos, tinha pele pálida, era loiro e tinha os olhos esverdeados. Odiava o calor e trabalhava junto com Antônio.

- Senhor... – Lucas disse – A detetive Maria quer falar com você ainda hoje.
- Ok. – Antônio disse enchendo uma xícara de café

Lucas começou a ir em direção à porta, mas passou um olhar sombrio sobre Unai, que acabou percebendo. Unai esperou ele se retirar totalmente da sala e disse a seu pai, que já estava lendo outros papéis:

- Pai, já te disse que não gosto dele... Por mim ele teria ficado lá e...
- Filho... Já conversamos sobre isso. – Antônio interrompeu Unai, ainda lendo o que estava no papel - Ele trabalha com a mãe dele, que é uma ótima detetive, não posso dispensá-los assim.
- Ok, pai. Ok. – Unai se irritou um pouco

Unai olhou para o relógio, já eram 4 horas da tarde, levantou-se, pegou sua mochila e disse:

- Tchau pai, até mais tarde, ou amanhã.
- Tchau filho, boa aula. – Antônio disse sem sequer levantar a cabeça

Unai se retirou do local com o passo acelerado e segurando certa raiva. Abriu a porta ferozmente e já na rua, ele cochichou baixinhoa si mesmo:

- Qual ônibus eu deve pegar para chegar à escola?
- O próximo quer vier... – Uma garota que estava na calçada da casa ao lado disse

Unai levou um susto. Ele tinha falado muito baixo para que a garota, que estava a metros de distância dele, conseguisse escutar. Disfarçou o susto que levou e disse um pouco envergonhado:

- Obrigado
- Imagina – Ela olhou para o final da rua e completou: - Olhe, ele está chegando.

Unai abriu um sorriso em forma de agradecimento. A garota apenas retribuiu. A partir daquele momento Unai começou a ser observado pela mesma.
O ônibus chegou e Unai entrou rapidamente neste, se sentando no último banco que restava, um no fundo do ônibus. Ele olhou pela janela e viu a garota lhe olhando, mas logo depois olhou para frente.
A garota tinha uma pele pálida, olhos e cabelos escuros, assim como a maioria das pessoas que estavam no ônibus. Estas também não paravam de olhar para Unai, que pensou, ingenuamente: Sou novo na cidade, por isso me olham tanto.

Eram exatamente 6 horas da tarde quando o ônibus finalmente chegou à escola. Unai olhou pela janela e acabou pensando alto.

- Que lugar lindo!

O local era realmente lindo, as construções antigas da escola, que mais aparentavam ser de um antigo castelo, as árvores e os pinheiros que rodeavam o local e o sol se pondo no horizonte. Tudo isso se combinava e dava um ar gracioso ao local.
Unai desceu do ônibus e se deparou com muitos estudantes chegando ao local, ao contrário do que ele pensava. Suspirou e pegou um papel em seu bolso, onde estava escrito, no topo de uma pequena lista:


- Bom... Meio óbvio, mas é para lá que estou indo.